O governo de Luiz Inácio Lula da Silva decidiu revogar as novas regras de monitoramento do Pix nesta quarta-feira (15), posteriormente perceber que a medida gerava críticas intensas, mormente da oposição. A decisão foi tomada para evitar um desgaste político maior, considerando a repercussão negativa que a proposta gerou, tanto nas redes sociais quanto no Congresso.
De concórdia com informações do colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, a avaliação no Palácio do Planalto era de que a medida se transformaria em um ponto de atrito político difícil de contornar, enfraquecendo a posição do governo e dificultando sua resguardo. Um ministro influente, envolvido nas discussões sobre o recuo, afirmou que a decisão visava “retirar o combustível da oposição”, que utilizaria o tema para aprofundar o desgaste do governo.
Reação da Oposição e do Público
A reação foi acentuada posteriormente um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que criticou duramente a medida e se espalhou rapidamente nas redes sociais, alcançando mais de 300 milhões de visualizações. Esse fator foi decisivo para que o governo reconsiderasse a implementação das novas regras, mormente diante da pressão popular e das dificuldades em justificar a proposta de forma clara e atingível.
Dificuldade em Explicar a Medida
Outro fator crucial para a revogação das novas regras foi a dificuldade do governo em discursar de forma eficiente o funcionamento do monitoramento do Pix para o público. A Secretaria de Informação da Presidência (Secom), sob o comando de Sidônio Palmeira, estava preparando uma campanha para esclarecer os detalhes da medida, mas os assessores reconheciam que o teor era excessivamente multíplice e difícil de ser traduzido em uma mensagem simples e atingível para a população. Uma vez que resultado, a campanha planejada foi reformulada.
Implicações Políticas e Desafios do Governo
A revogação das regras do Pix reflete um cenário político complicado para o governo, mormente em um momento de desafios internos e pressões externas. As críticas à medida de monitoramento, que visava aumentar o controle sobre transações realizadas por meio do sistema de pagamentos instantâneos, alimentaram um clima de polarização e suspeição.
Essa situação se insere em um contexto mais grande de desafios enfrentados pelo governo Lula, que vê a oposição em subida, mormente posteriormente as eleições municipais de 2024, que mostraram um prostração das forças ligadas ao PT e à esquerda. Para o governo, 2025 se apresenta porquê um ano decisivo, em que os efeitos das decisões políticas tomadas nos últimos anos começarão a se refletir diretamente no pedestal popular.
Com a pressão aumentando e a estratégia de notícia do governo sendo revista, o Planalto terá que encontrar uma forma de restaurar a crédito da população e, ao mesmo tempo, fortalecer sua base política em um cenário que parece cada vez mais reptante para o presidente Lula e sua gestão.