Nenhum prefeito do Brasil é mais importunado pelos ministros do Supremo Tribunal Federalista, STF, que o paulistano Ricardo Nunes, do MDB. Nunes foi reeleito no ano pretérito com 3,4 milhões de votos. Mas são os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes — que nunca ganharam um único voto na cidade — que querem comandar a Prefeitura.
Notificação
Nesta quinta, 16, uma notificação de Moraes deu prazo de 24 horas para o prefeito Ricardo Nunes se manifestar sobre a construção de um muro na Cracolândia, região da cidade em que vivem muitos usuários de drogas. Segundo o juiz, o muro estaria confinando “pessoas em situação de vulnerabilidade“. Nunes, mas, respondeu que a construção se deu em meio do ano pretérito, quando se substituiu um material de ferro por um de cimento. Segundo nota da Prefeitura, a troca foi feita para “proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade, além de moradores e pedestres, e não para confinamento”.
Tapetão do PSOL e PCdoB
A notificação de Moraes foi para atender a um pedido do PSOL, {sigla} de Guilherme Boulos, derrotado na eleição municipal do ano pretérito.
Ao acionar o STF, o PSOL tenta punir o vencedor da eleição, atrapalhando sua governo.
Fiscalizador de cemitérios
Outro caso em que partidos de esquerda tentaram prejudicar a gestão de Nunes ocorreu no ano pretérito.
Em novembro, Flávio Dino atendeu a um pedido do PCdoB, seu macróbio partido, para reclamar dos preços cobrados pelos cemitérios municipais, que foram privatizados.
O STF pediu para que as medidas adotadas em seguida a privatização fossem anuladas.
Porém, a decisão de Dino eliminaria um desconto de 25% para aqueles que não têm condições de arcar com os custos. É o “funeral social“, que teve o valor reduzido em março em 2023.
“Por termo, a Prefeitura lamenta o uso político por partidos (Partido Comunista do Brasil) que tentam provocar um retrocesso numa licença que tem beneficiado diretamente a população, mormente as famílias mais vulneráveis“, disse uma nota da prefeitura.
Projecto para moradores de rua
Em julho de 2023, Moraes deu 120 dias para a prefeitura elaborar um projecto para a população de rua.
Foi uma resposta a um pedido feito por dois partidos de esquerda — PSOL e Rede Sustentatibilidade — e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o MTST, que já foi comandado por Boulos.
Com a última decisão sobre o muro da Cracolândia, o STF… O Contraditor