Posteriormente quase três semanas sem intervenções no mercado cambial, o Banco Meão (BC) do Brasil anunciou, nesta sexta-feira (17), sua primeira ação de 2025 para atuar no câmbio. A mando monetária venderá até US$ 2 bilhões das reservas internacionais em leilões de risco, nos dias 20 e 21 de janeiro. Nesse tipo de leilão, o BC se compromete a recomprar o verba vendido em uma data futura.
A mediação será realizada por meio de dois leilões de até US$ 1 bilhão cada. O valor do primeiro leilão será recomposto nas reservas internacionais em 4 de novembro, e o segundo, em 2 de dezembro deste ano.
Contexto da Mediação Cambial
Essa medida ocorre em seguida uma pausa nas operações cambiais desde a última mediação, realizada em 30 de dezembro de 2024, quando o BC vendeu US$ 1,815 bilhão das reservas internacionais, em uma venda à vista. Essa modalidade de venda é definitiva, e o verba não retorna às reservas.
Em dezembro de 2024, o BC realizou o maior volume de intervenções cambiais desde a adoção do regime de metas de inflação, em 1999, vendendo um totalidade de US$ 32,59 bilhões das reservas externas. O objetivo dessas operações é regular a oferta de dólares no mercado, impactando a cotação da moeda.
Cotação do Dólar
No fechamento da sexta-feira (17), o dólar mercantil foi vendido a R$ 6,066, apresentando uma ligeiro subida de R$ 0,012 (+0,2%). A cotação do dólar variou ao longo do dia, alcançando a marca de R$ 6,08 por volta das 11h, caindo para R$ 6,03 por volta das 13h, antes de retomar a subida ao longo da tarde.
Essas intervenções cambiais são secção da estratégia do Banco Meão para tentar controlar a volatilidade do câmbio e manter a segurança financeira, diante de flutuações na economia global e doméstica.