Em todo o estado do Rio de Janeiro, nas primeiras semanas de 2025 foram anotados 810 casos prováveis de dengue. Houve 50 internações e não há mortes confirmadas. As 810 ocorrências correspondem ao período de 29/12/2024 a 14/01/2024. Os dados são inseridos no sistema pelos municípios e atualizados diariamente no Monitora RJ, instrumento do dedo da Secretaria de Estado de Saúde.
Em 2024, ao longo do ano, houve 302.316 casos prováveis, 9.703 internações e 232 óbitos por dengue em todo o estado. Nas três primeiras semanas epidemiológicas de 2024 (31/12/2023 a 20/01/2024) foram registrados 16.011 casos.
“No ano pretérito vivemos uma grande epidemia de dengue, que já começou no início do ano, portanto, o ano de 2024 foi considerado atípico. Analisando a série histórica, temos 2023, ano sem epidemia e quando registramos 694 casos prováveis nas três primeiras semanas epidemiológicas do ano. Em 2025, já tivemos um aumento de 16,72% de casos em conferência com 2023. Isso nos acende um alerta para a relevância da prevenção contra a doença”, disse a secretária estadual de Saúde, Claudia Mello.
Vítima tem 60 anos
Na última quinta-feira (9), a secretaria confirmou o primeiro caso de dengue tipo 3 deste ano. A notificação é do município do Rio de Janeiro e a confirmação foi feita pelo Laboratório Mediano de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ). A doença atingiu uma mulher de 60 anos.
Nos anos de 2023 e 2024, os sorotipos predominantes de dengue no país e no estado do Rio foram os sorotipos 1 e o 2. O sorotipo 3 não circula no estado desde 2007. Porém, no ano pretérito, houve dois casos isolados, um em Paraty, na região da Costa Verdejante, e outro em Maricá, na região metropolitana.
Apesar da notificação do primeiro caso em 2025, o sorotipo 3 não circula de forma preponderante no estado desde 2007, ou seja, existe uma grande parcela da população que nunca teve contato com oriente tipo da doença.
Os sintomas da dengue tipo 3 são os mesmos dos tipos 1, 2 e 4, sendo os principais febre subida (maior que 38°C); dor no corpo e articulações; náuseas e vômitos, dor detrás dos olhos; mal-estar; falta de gosto; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
Combate prioritário
Para a Secretaria de Saúde, o combate aos focos do mosquito Aedes aegypti é ação prioritária. Serão mantidos o monitoramento de casos e a campanha “Contra a dengue todo dia”, prevista no Projecto de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses, em base aos 92 municípios com alertas e orientações sobre a doença.
Ou por outra, a secretaria reforça informações à sociedade sobre prevenção, destacando a relevância da vistoria semanal para evitar chuva paragem em latas, garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’chuva descobertas e pratos sob vasos de vegetação.