Em editorial publicado nesta quarta-feira (15), o jornal O Orbe alerta para o endividamento crescente do Brasil, produzido pelo governo Lula (PT). Já em seu título, o item afirma que “negar a sisudez da atual crise fiscal é inadmissível”.
– Num grupo de 23 economias emergentes e desenvolvidas, o Brasil aparece com o segundo pior resultado nas contas públicas. No levantamento que considera receitas, gastos e também despesas com os juros da dívida, exclusivamente Bolívia tem desempenho pior, segundo estudo do banco BTG Pactual – diz o texto ao primar que “esse foi o quadro registrado nos dois últimos anos e deve se repetir em 2025”.
O editorial ressalta que há previsão de que os bolivianos sigam liderando o ranking dos piores nos próximos 12 meses, mas conseguirão reduzir o tamanho do déficit. Esta veras para o Brasil é oposta: “por cá, o cenário é de elevação”, adverte o jornal.
Sem medir palavras, o item é incisivo ao expor a dura veras em que a atual gestão submeteu o país.
– Tentativas de prestidigitação ou negação não mudaram nem nunca mudarão a veras. O desempenho brasílio é ruim sob qualquer ângulo. O resultado é pior que a média dos emergentes, dos desenvolvidos e da América Latina.
As previsões zero agradáveis expostas na publicação relacionam a suspeição que o mercado financeiro tem com o governo do presidente Lula, além da disparada do dólar. Despido de qualquer complacência de ordem ideológica ou política, O Orbe debocha do equipe econômica do governo e sugere a prática de “terraplanismo econômico” para ilustrar o negacionismo dos governistas diante do sinistro produzido por um padrão de governo perdulário.
– O endividamento em relação ao PIB crescerá 14 pontos percentuais ao longo do atual procuração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para um país com uma dívida subida uma vez que o Brasil, o cenário é um tremendo problema. Por isso a instabilidade no mercado financeiro e as altas repetidas do dólar. Insinuar que as esquinas da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, estão cheias de especuladores trabalhando contra o país é terraplanismo econômico.
Ao mencionar o posicionamento do ministro da Herdade, Fernando Haddad, na última semana, sobre um imaginoso déficit de 0,1% do PIB, o texto desnuda o frágil argumento do petista e lembra que “o cômputo do ministro usa metodologia que não inclui as despesas com os juros da dívida”.
– Na estudo do resultado fiscal, a Herdade também retira fatores extraordinários. Eventos uma vez que os gastos com as enchentes do Rio Grande do Sul não são considerados. O esforço pode ser válido, mas o incrível é que, com todas essas ressalvas, o governo não conseguiu lastrar as contas.
Na desfecho, o jornal carioca adverte que “o endividamento, é bom não olvidar, segue subindo”.
– A dívida chegará a 86% do PIB no ano que vem, 91% em 2027, mais de 100% em 2030 e 116% em 2034, o horizonte das estimativas. Quanto mais elevada [a dívida pública], maior o dispêndio de rolagem. Neste ano os gastos com juros devem passar de R$ 1 trilhão. Diante de tantas evidências, negar a sisudez da crise fiscal é inadmissível. É hora de medidas à fundura dos desafios – finaliza.