A Polícia Social de São Paulo iniciou as buscas para localizar o mandante do ataque ao acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terreno (MST) em Tremembé, ocorrido na noite de sexta-feira (10). O mandatário Marcos Parra, responsável pela Delegacia Seccional de Taubaté, afirmou em entrevista à CNN Brasil que o nome do mandante ainda não foi revelado para não prejudicar o curso das investigações.
A ação criminosa, que resultou na morte de dois assentados e deixou pelo menos outros seis feridos, aconteceu por volta das 23h, no assentamento Olga Benário, na Estrada Kanegae, em Tremembé. De conciliação com Parra, a Polícia Social investiga também o envolvimento de um vereador da cidade, que teria participação na tentativa de comercialização dos lotes do acampamento.
O suspeito de chefiar a invasão foi identificado porquê Antônio Martins dos Santos Fruto, sabido porquê “Nero do Piseiro”. Ele foi recluso no final de semana e permanece suspenso. O mandatário confirmou que a investigação aponta para a participação de políticos, incluindo o provável envolvimento de um vereador sítio.
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A Polícia Federalista também entrou no caso, com uma investigação paralela conduzida pela delegacia de São José dos Campos. Embora cada corporação conduza uma investigação independente, há uma troca de informações entre as duas forças policiais.
Os feridos, homens e mulheres com idades entre 18 e 49 anos, já foram ouvidos pela polícia, que aguarda a subida hospitalar para que todos possam prestar novos depoimentos. A expectativa da Polícia Social é esclarecer os detalhes do ataque e identificar todos os envolvidos.
A prisão de Antonio Martins dos Santos Fruto foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que decidiu mantê-lo recluso enquanto as investigações seguem. O Grupo de Atuação Próprio de Combate ao Delito Organizado (GAECO), do Ministério Público, também entrou no caso e intensificou as apurações sobre o ataque ocorrido em Tremembé.
Manancial/Créditos: Publicação Brasil
Créditos (Imagem de toga): (MST)