Testemunha fala sobre mãe que sobreviveu à queda de avião em Ubatuba: “Uma leoa”

Testemunhas relataram que Mireylle Fries, de 41 anos, agiu porquê uma “leoa” para tentar retirar a família dos destroços da queda do avião na quinta-feira, 9, em Ubatuba (SP). , aeroplano saiu de Goiás com direcção ao litoral paulista na quinta-feira, mas, ao pousar na pista do aeroporto, acabou cruzando uma avenida e pegando queimada.

Dentro do avião estavam Mireylle, seu marido, Bruno Almeida, o rebento do parelha, de 6 anos, a filha do parelha, de 4 anos, e o piloto Paulo Seguetto. Seguetto ficou recluso nas ferragens e acabou falecendo.

“Ela foi que nem uma leoa para salvar os filhos, com a força, sabe? Acho que ela estava até fora de si no meio daquela fumaça, ferida que estava, ainda. Ela conseguiu tirar uma gaiato, tirou a outra. E quis tirar o marido também”, contou o cultor Gilmar Destefano. 

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Pedro Romano, morador da cidade, também ajudou a retirar a família dos escombros. Ele levou nos braços uma das crianças, que estava desacordada.

Toda uma equipe de desconhecidos que trabalhou junto para conseguir resgatar, conseguir tirar [do avião] essas quatro vidas. Um instinto materno muito grande porque ela ajudou a tirar as crianças”, disse sobre Mireylle.

A pretexto do acidente ainda está sendo investigada, mas as condições metereológicas do dia podem ter prejudicado a aterrissagem do avião; A família sobrevivente está internada em um hospital em São Paulo. Mirelly chegou a ser entubada, mas os demais seguem estáveis sem previsão de subida. 

A professora Rosana Alves Vieira, que estava caminhando com o rebento na lajeada na hora do acidente, foi atingida por um destroço da mulher. “O destroço do avião bateu na minha perna. Alguma coisa que eu não sei o que bateu na minha perna e eu caí. E nessa hora que eu caí, comecei a sentir minhas pernas queimando e eu só fui pensando assim: ‘Eu tô pegando queimada. Tô pegando queimada’”, relatou ao Fantástico.

Relembre o caso
Um avião de pequeno porte sofreu um acidente na orla da praia do Cruzeiro, em Ubatuba, no litoral de São Paulo, na quinta-feira, 9. Cinco pessoas estavam a bordo, segundo o Corpo de Bombeiros. Dois adultos e duas crianças foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Traste de Urgência (Samu). O piloto ficou recluso às ferragens, não resistiu e morreu.

O acidente ocorreu próximo a uma pista de skate. De consonância com a Prefeitura de Ubatuba, até o momento, há registros de seis vítimas, sendo cinco na aeroplano (três adultos e duas crianças) e uma mulher que passava pelo lugar, foi percorrer e acabou torcendo o pé. Às 11h23 foi confirmado o óbito do piloto.

A explosão ocorreu nas proximidades do Aeroporto de Ubatuba, governado pela Rede VOA. A empresa informou, por meio de nota, que a aeroplano de prefixo PR-GFS, padrão Cessna Citation 525 CJ1, havia decolado do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás (SWME), com as cinco pessoas a bordo e tentava realizar um pouso em Ubatuba. No entanto, as condições meteorológicas estavam adversas, com chuva e pista molhada.