Escavado em meio aos paredões de pedra e à mata da zona rústico do município de Sant´Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, o túnel parece ter sido construído por mãos e mentes humanas. No entanto, paleontólogos apontam que essa formação rochosa, conhecida porquê paleotoca, pode ter sido abrigo e habitat de animais gigantescos que ocuparam a região há pelo menos 11 milénio anos. Exemplares de uma fauna extinta, porquê a preguiça-gigante, mas que continua a fascinar e intrigar cientistas.
“Esses xenartros (mamíferos originários da América do Sul) de grande porte, porquê a preguiça-gigante, que tinham formas que podiam obter até cinco, seis metros de fundura. Poderiam ser os ungulados, esses antigos parentes e de grande porte dos tatus, seriam os tatus gigantes. Mas a gente não pode descartar também a possibilidade de ser qualquer carnívoro”, indica Ana Maria Ribeiro, paleontóloga do Museu de Ciências Naturais do Rio Grande do Sul, ao considerar que tipo de bicho pode ter originado a caverna pré-histórica.
A pesquisadora faz segmento de uma equipe multidisciplinar que está investigando a paleotoca, atualmente situada no terreno de uma vinícola da região. A visitante científica mais recente ao lugar foi realizada no início deste ano com o intuito de melhor mapear o túnel e coletar mais vestígios da presença dos animais que passaram e viveram no espaço.
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Semelhantes à paleotoca em questão, outras estruturas foram mapeadas em Sant´Ana do Livramento e periferia.
“A região da fronteira Oeste (do Rio Grande do Sul), em termos de registro paleontológico, é muito caracterizada pelo inventiva de bastantes pegadas e trilhas de dinossauros cá na região”, conta a bióloga e professora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) Renata Neto.
Tapume de milénio paleotocas já foram descobertas no Rio Grande do Sul
Em partes da Europa e da América do Setentrião, as paleotocas são denominadas de paleoburrows. Por conta do histórico de formação geológica, são de ocorrência pouco generalidade nessas regiões do mundo.
“São áreas atingidas por quatro glaciações em 600 milénio anos, que funcionaram porquê niveladores de terreno. Vestígios deixados pela fauna extinta foram consumidos pela ação de agentes naturais, quando não pela atividade humana”, explica Heinrich Theodor Frank, professor do Instituto de Geociências da Universidade Federalista do Rio Grande do Sul (UFRGS).
No Hemisfério Sul do mundo, as ocorrências de paleotocas são muito mais frequentes, sobretudo no Brasil. Somente no estado do Rio Grande Sul, especialistas levantam que murado de milénio estruturas porquê essa já foram mapeadas até o momento. A paleotoca de Sant´Ana do Livramento é considerada a invenção mais ao sul do país.
Vinícola prepara rota turística voltada ao túnel pré-histórico
Guardiã desse inventiva paleontológico, a vinícola gaúcha investe agora na construção de um caminho turístico na propriedade que proporcione aos seus frequentadores a visitante ao sítio pré-histórico. Uma experiência que vai coligar enoturismo, história e conservação.
“É essa questão de fazer o enoturismo, que as pessoas entrem cá, provem o vinho, e tem a segmento da história da paleotoca junto. Você sai satisfeito com a história e com o vinho degustado”, afirma Alex Machado, gerente de enoturismo do empreendimento.
Manancial/Créditos: G1
Créditos (Imagem de capote): Cientistas investigam o interno de túnel pré-histórico no Rio Grande do Sul. Crédito: RBS TV