A MetSul Meteorologia alerta que uma bolha de calor vai se instalar e lucrar força nesta semana no Núcleo e no Setentrião da Argentina com temperatura muito subida no território prateado e ainda no Uruguai, Paraguai e em estados do Sul do Brasil, Mato Grosso do Sul e áreas mais a Oeste do interno de São Paulo.
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O Oeste da Região Sul e o Mato Grosso do Sul, aliás, já têm sofrido com tempo sequioso e muito subida temperatura há vários dias, o que está afetando as lavouras. As máximas em algumas cidades têm variado entre 37ºC e 40ºC.
Ontem, sábado, por exemplo, a maior temperatura no Mato Grosso do Sul foi de 38,9ºC em Porto Murtinho enquanto no Rio Grande do Sul e no Paraná várias localidades foram a valores ao volta ou supra de 35ºC.
Na sexta-feira, o calor foi ainda mais intenso com máxima no Mato Grosso do Sul de 41,8ºC em Porto Murtinho enquanto no Sul do Brasil os termômetros indicaram na rede solene do Instituto Vernáculo de Meteorologia máximas de 36,7ºC em Quaraí (RS) e de 36ºC em Marechal Cândido Rondon (PR).
Na quinta-feira, a temperatura máxima no Mato Grosso do Sul foi a 41,2ºC, também na cidade de Porto Murtinho ao passo que no Sul do Brasil as estações oficiais apontaram 36,6ºC em Santiago (RS) e 36ºC em Foz do Iguaçu (PR).
O que vai ocorrer agora é a ampliação desta volume de ar quente com uma bolha de calor tomando conta de grande segmento das latitudes médias da América do Sul com máximas muitos elevadas que devem permanecer entre 35ºC e 40ºC em maior número de cidades no transcurso da semana.
Inicialmente, no primórdio desta semana, o calor no Rio Grande do Sul será mais intenso em cidades do Oeste do estado, assim porquê vem ocorrendo há dias. O mesmo ocorre no Oeste do Paraná e no Mato Grosso do Sul.
Mais ao Leste, na extensão de Porto Feliz e na costa, a temperatura não chega a ser muito subida neste primórdio de semana com marcas ao volta de 30ºC somente na Grande Porto Feliz nesta segunda-feira, o que é o normal para janeiro.
De terça-feira em diante, entretanto, a temperatura começa a escalar gradualmente no Rio Grande do Sul e a cada tarde as máximas tendem a ser elevadas e se espera que na segunda metade da semana ocorra o pico de intensidade do calor.
Quinta e sexta devem ser dias de calor excessivo no Rio Grande do Sul com marcas ao volta e supra de 35ºC em grande número de municípios. A temperatura pode atingir marcas de 36ºC a 38ºC em vários pontos da extensão metropolitana de Porto Feliz, mas isoladamente nos vales haverá marcas mais altas.
O Oeste gaúcho deve ser fortemente impactado pelo calor com várias tardes em que as máximas devem passar dos 35ºC e máximas próximas ou ao volta de 40ºC na região entre Quaraí e Uruguaiana no pico do calor da segunda metade da semana.
Calor trará risco de temporais
A MetSul Meteorologia alerta que o calor potente a intenso deverá gerar condições que são propícias a temporais isolados com chuva potente, vendavais e saraiva, principalmente na segunda metade da semana, notadamente a partir da quinta-feira.
Será uma situação parecida com o que se viu na viradela do ano, com o calor formando células isoladas de tempestades que isoladamente provocam temporais, alguns fortes e com danos. Não se trata de situação de tempo severo generalizada.
Estes temporais se dão principalmente da tarde para a noite, quando se formam nuvens de grande desenvolvimento vertical pelo aquecimento diurno que gera movimentos convectivos (ar ascendente) na atmosfera. A convecção forma nuvens do tipo Torre Cumulus (TCu) e Cumulonimbus (Cb) que causam os temporais localizados e não vasqueiro muitíssimo isolados.
Localmente, alguns destes temporais podem ser fortes a severos mesmo com risco de danos. Quanto mais quente e atmosfera e menor a pressão atmosférica, maior é o potencial para haja a formação de nuvens muito carregadas e mais subida a verosimilhança de temporais localizados de maior severidade.
O que é uma bolha de calor
Uma bolha de calor, que se denomina também de domo ou cúpula de calor (em Inglês é chamada de heat dome) ocorre com áreas de subida pressão que atuam porquê cúpulas de calor, e têm ar progénito (subsidência). Isso comprime o ar no solo e através da compressão aquece a pilar de ar.
Em suma, uma cúpula de calor é criada quando uma extensão de subida pressão permanece sobre a mesma extensão por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por plebeu assim porquê uma tampa em uma panela. Esta bolha de calor de agora vai estar com seu núcleo entre o Paraguai e o Núcleo-Oeste do Brasil.
É, assim, um processo físico na atmosfera. As massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma cúpula de subida pressão que desvia os sistemas meteorológicos – porquê frentes frias – ao seu volta. À medida que o sistema de subida pressão se instala em determinada região, o ar inferior aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O tá ângulo do sol de verão combinado com o firmamento simples ou de poucas nuvens aquece ainda mais o solo.
Evidências de estudos sugerem que a mudança climática está aumentando a frequência de cúpulas de calor intensas, bombeando-as para mais tá na atmosfera, alguma coisa não muito dissemelhante de aditar mais ar quente a um balão de ar já aquecido. Por isso, vários estudos apontam aumento da intensidade, duração e frequência de ondas de calor no Brasil e ao volta do mundo.
Natividade: MetSul Meteorologia