O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, se manifestou nesta sexta-feira (10) sobre a posse de Nicolás Maduro para seu terceiro procuração continuado uma vez que presidente da Venezuela. Alckmin classificou a situação uma vez que “lastimoso”, destacando que a eleição de Maduro foi amplamente contestada e gerou protestos no país, que se opõem à permanência do ditador no poder por mais seis anos.
“A democracia é civilizatória e precisa ser fortalecida”, afirmou Alckmin, em um exposição em que procurou sobresair a valor do fortalecimento da democracia e a promoção de eleições livres e justas.
Ao abordar o incidente de forma diplomática, Alckmin procurou amenizar a situação envolvendo o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele lembrou que o Brasil, oficialmente, não reconheceu a vitória de Maduro na eleição, embora a embaixadora Glivânia Oliveira tenha sido enviada para simbolizar o Brasil na cerimônia de posse, o que gerou críticas de setores da oposição e da sociedade.
A presença de um representante brasílico na posse de Maduro foi interpretada por muitos uma vez que um sinal de aproximação com o regime dominador venezuelano, o que gerou polêmica interna. No entanto, Alckmin se empenhou em substanciar que o governo brasílico continua sem reconhecer o pleito de 2024, embora tenha se mostrado cauto ao tratar do tema.
O incidente gerou reações diversas, com opositores de Maduro e críticos ao governo brasílico acusando a gestão de Lula de se alinhar com regimes autoritários, enquanto aliados e diplomatas ressaltaram a postura pragmática adotada em uma questão delicada para a política externa brasileira.
Essa sintoma de Alckmin, ao mesmo tempo que tenta suavizar a situação, também levanta questões sobre a postura do governo frente ao regime de Nicolás Maduro e ao quebradiço estabilidade nas relações internacionais do Brasil.