Os advogados do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) pediram ao Supremo Tribunal Federalista (STF) autorização para que ele possa viajar aos Estados Unidos e participar da posse do presidente eleito Donald Trump, em 20 de janeiro. Os defensores apresentaram ao Supremo o invitação feito pela equipe de Trump a Bolsonaro, além do documento com o chamado do “The Hispanic Incipiente Committee” para que ele participe do dança solene de posse hispânico, em 18 de janeiro.
O pedido de viagem, consequentemente, acarreta na entrega do passaporte de Bolsonaro, retido pela Polícia Federalista, em operação que investiga suposto Golpe de Estado. “Os aludidos convites representam não exclusivamente uma deferência pessoal a Bolsonaro, mas também o reconhecimento da relevância de sua atuação no contexto internacional, mormente no fortalecimento de laços diplomáticos e na resguardo dos valores democráticos e republicanos que unem as duas nações”, argumentam os defensores.
Entenda:
- O fruto de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PL), já havia avançado que a resguardo faria o pedido de liberação do passaporte para que o pai comparecesse à posse de Trump, em seguida invitação.
- Bolsonaro teve passaporte apreendido em operação da Polícia Federalista que o investiga por suposta tentativa de golpe. Desde fevereiro de 2024, o ex-presidente está proibido de trespassar do país.
- Os advogados fizeram o pedido ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso no STF.
Junto com o pedido, os defensores se comprometem a informar os passos de Bolsonaro para a viagem, uma vez que a apresentação de passagens com data de ida e de retorno para o exterior.
“Diante do exposto, requer-se, com o mais proeminente reverência, a licença da autorização – e a consequente entrega do passaporte – para, no período percebido entre 17/01/2025 e 22/01/2025, realizar viagem aos Estados Unidos da América”, alegam.
Nas peças, Bolsonaro apresentou os convites oficiais de ambos os eventos que pleiteia comparecer.
Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes autorizou Bolsonaro a ir ao velório e à missa de sétimo dia da mãe de Valdemar Costa Neto e encontrar com o presidente vernáculo do PL. Eles estavam proibidos de se falar por ambos serem investigados no questionário sobre provável golpe de estado em 2022.