A investigação sobre a participação de coronéis do Tropa na tentativa de golpe que culminou nos atos do 8 de janeiro de 2022 ficará a função do Supremo Tribunal Federalista (STF), segundo decisão manifestada nesta segunda-feira (6) pela Justiça Militar da União (JMU).
“Não há que se falar em violação de conhecimento da Justiça Militar da União”, justificou o tribunal militar, ao remeter o sindicância ao STF, pelo seu caráter social. Cabe à JMU julgar crimes militares previstos no Código Penal Militar.
De consonância com o sindicância, quatro coronéis do Tropa teriam elaborado, em novembro de 2022, a chamada Missiva dos Oficiais Superiores ao Comandante do Tropa Brasílio, com o objetivo de pressionar o general Freire Gomes, portanto comandante da força, a aderir à tentativa de golpe, posteriormente frustrada.
Os quatro suspeitos de autoria da missiva são os coronéis da ativa Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura e os coronéis da suplente Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo.
No termo do ano pretérito, o Tropa relatou indícios de violação militar na referida missiva, com críticas indevidas e incitação à indisciplina.
Também no final de 2024, alguns desses militares foram indiciados pela Polícia Federalista no sindicância do golpe de Estado.