A vereadora reeleita de Araraquara (SP), Filipa Brunelli (PT), foi escopo de vaias e ataques transfóbicos durante seu exposição de posse na última quinta-feira (1º). Durante a cerimônia, que marcava o início de seu novo procuração, Filipa fez uma enunciação clara de oposição ao governo municipal do prefeito Dr. Lapena (PL), o que gerou uma reação imediata e hostil de segmento do público presente no auditório.
Enunciação de Oposição e Reação do Público
“Deixo simples, desde já, que serei oposição ao governo municipal, que se elegeu sustentado por uma ideologia conservadora, alinhada ao retrocesso e à resguardo de figuras políticas violadoras dos direitos humanos”, afirmou Filipa Brunelli, ao iniciar seu exposição.
A enunciação, que expunha uma posição sátira ao prefeito e sua gestão, provocou vaias e gritos de insatisfação, interrompendo sua fala. A parlamentar precisou pedir a mediação do presidente da Câmara Municipal, Rafael de Angeli (Republicanos), para poder continuar o seu exposição, em seguida a tumultuada reação do público. Depois a mediação, Filipa conseguiu concluir sua fala, embora em meio a uma atmosfera de hostilidade.
Ataques Transfóbicos
Em um desabafo nas redes sociais, Filipa revelou que, além das vaias, foi escopo de palavras transfóbicas e hostis, em um simples ataque à sua identidade de gênero. “Infelizmente, ao proferir essas palavras no dia da minha posse porquê vereadora reeleita e primeira travesti a ocupar nascente espaço na história de nossa cidade, fui interrompida. Não só por vaias – essas nunca me intimidaram – mas por um tanto mais cruel: o ódio impresso nos olhos de quem fazia sinal de arma e bradava com desprezo: ‘Sai fora, traveco’”, disse a parlamentar em uma postagem no Instagram.
A vereadora, que se tornou um símbolo de luta pelos direitos LGBTQIA+ em sua cidade, manifestou sua indignação, mas afirmou que não se deixaria fugir pelas agressões. “Nunca permitirei que o ódio de algumas pessoas destrua o que construímos até cá. Estou cá para simbolizar a população de Araraquara, e isso é maior do que qualquer ataque ou tentativa de silenciamento”, acrescentou.
Relevância do Exposição e Reações
O incidente gerou repercussão nas redes sociais e nos meios de notícia, com diversos apoiadores de Filipa manifestando solidariedade à vereadora e condenando os ataques que ela sofreu. A parlamentar tem sido uma defensora ferrenha dos direitos humanos, das pessoas trans e da paridade social, e sua presença na Câmara Municipal representa uma quebra de barreiras e a introdução de espaço para as minorias na política sítio.
Em sua postagem, Filipa também ressaltou a prestígio de sua reeleição, principalmente considerando seu papel porquê a primeira travesti a ocupar um função público na história de Araraquara. “Essa vitória é de todas as pessoas trans e de todas as minorias que ainda não têm voz. Não vamos nos intimidar. A luta continua”, afirmou.
O Contexto de Araraquara e da Política Sítio
O incidente ocorre em um contexto de polarização política crescente, principalmente em cidades porquê Araraquara, onde há uma possante partilha ideológica entre os partidos de direita e de esquerda. O prefeito Dr. Lapena (PL) foi eleito com uma plataforma conservadora e tem enfrentado críticas de setores da esquerda e movimentos progressistas, porquê o da vereadora Filipa Brunelli, que têm questionado suas políticas voltadas à instrução, saúde e direitos humanos.
As declarações de Filipa durante sua posse deixam simples seu compromisso em questionar a gestão municipal e em lutar por políticas públicas mais inclusivas e que atendam de maneira digna as necessidades da população mais vulnerável, principalmente as pessoas trans e as minorias.
Solidariedade e Esteio
Vários representantes da sociedade social, movimentos LGBTQIA+, e até colegas parlamentares expressaram base à vereadora, condenando os ataques transfóbicos e as vaias. Entre eles, destacou-se a associação de direitos humanos de Araraquara, que repudiou o incidente e ressaltou a prestígio da representatividade de Filipa na política sítio.
Epílogo
O incidente evidencia a persistência do preconceito e da intolerância nas esferas políticas, mas também reforça a resiliência de Filipa Brunelli em seguir adiante com sua agenda de oposição ao governo municipal. Ao se tornar a primeira travesti eleita vereadora na história de Araraquara, ela se torna um símbolo de resistência e asserção da inconstância, enfrentando com coragem e formalidade os desafios impostos pelo preconceito e pela hostilidade de um setor da sociedade.
Com a perenidade de sua jornada política, Filipa pretende seguir defendendo a inclusão social, os direitos humanos, e a liberdade de frase. A vereadora é vista porquê uma voz precípuo na luta por um Brasil mais justo e livre de preconceitos.
Compartilhe nas redes sociais