Casos de virose dispararam na Baixada Santista nos últimos dias, deixando unidades de saúde sobrecarregadas. Com as festas de termo de ano e a chegada do verão, registrou-se um fluxo intenso de turistas, o que contribuiu para a disseminação de doenças respiratórias e gastrointestinais. Em Guarujá, por exemplo, os moradores e visitantes relatam longos tempos de espera, chegando a ultrapassar quatro horas.
Nos primeiros dias de 2025, Santos relatou 273 casos de virose atendidos nas unidades de urgência e emergência. Já durante o mês de dezembro de 2024, mais de 2,2 milénio pessoas buscaram atendimento por sintomas similares. Esse aumento foi atribuído às aglomerações características dessa estação do ano, associadas à subida temperatura, que facilitam a propagação de vírus.
Quais são os sintomas da virose?
Os sintomas apresentados pela maioria dos pacientes incluem febre, dores no corpo, dor de cabeça intensa e mal-estar universal. Os serviços de saúde estão sobrecarregados, e há relatos de falta de medicamentos em algumas farmácias da região, o que dificulta o tratamento adequado dos pacientes.
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Em resposta ao aumento de casos, a Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande aumentou as equipes de atendimento para mourejar com a demanda crescente. As autoridades lembram a população da influência de seguir medidas preventivas, uma vez que a higiene das mãos, o consumo de víveres seguros e a hidratação adequada, principalmente em um cenário de subida temperatura.
As recomendações também envolvem a verificação da qualidade da chuva antes de tomar banho de mar. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo emitiu alertas sobre praias classificadas uma vez que impróprias para banho, enfatizando o risco de doenças transmitidas por chuva contaminada.
O que o porvir suplente para a saúde pública no litoral paulista?
Em 2024, a qualidade das águas de diversas praias no litoral paulista esteve sob avaliação contínua pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Os resultados mostram que 15 praias passaram a maior segmento do ano com bandeira vermelha, indicando condições impróprias para banho. A preocupação com a contaminação dessas áreas cresce à medida que turistas e moradores locais têm sido afetados por doenças transmitidas pela chuva.
A orientação das autoridades estaduais é clara: evitar nadar em águas com bandeira vermelha, e também em seguida chuvas, devido ao risco de poluentes serem carregados para o mar. A requisito da balneabilidade é impactada não exclusivamente pela infraestrutura de esgoto, mas também pela poluição advinda de áreas urbanas, principalmente em dias de precipitação intensa.
Quais são as praias mais afetadas?
Veja a lista completa da Cetesb:
Guarujá – Perequê – 51
Ubatuba – Itaguá (Leovegildo, 1724) – 51
Praia Grande – Vila Tupi – 44
São Vicente – Prainha (Av. S. Brito) – 44
São Vicente – Gonzaguinha – 42
São Vicente – Milionários – 41
Ubatuba – Itaguá (Leovegildo, 240) – 39
Praia Grande – Vila Mirim – 35
Praia Grande – Maracanã – 32
Mongaguá – Medial – 28
Mongaguá – Santa Eugênia – 28
Mongaguá – Vera Cruz – 28
Praia Grande – Balneário Flórida – 28
Praia Grande – Boqueirão – 28
Ubatuba – Rio Itamambuca – 27
Nascente/Créditos: Terreno
Créditos (Imagem de envoltório): Foto: Reprodução/Cetesb