O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que reivindica sua vitória eleitoral sobre Nicolás Maduro em 2024, chega nesta sexta-feira(3) à Argentina, para uma reunião com o presidente Javier Milei, no início de uma “viagem latino-americana” antes da posse presidencial, em 10 de janeiro. A Argentina não reconhece a reeleição de Maduro, assim uma vez que Estados Unidos, União Europeia e vários países latino-americanos. “Começa nossa viagem pela América Latina. Primeira paragem: Argentina”, escreveu González Urrutia na quinta-feira (2). A reunião com Milei deve ser na manhã de sábado (4) na Vivenda Rosada (sede do governo).
A comunidade venezuelana na Argentina foi convidada a se reunir na mediano Plaza de Mayo. Posteriormente o encontro com Milei, González Urrutia viajará a Montevidéu para se reunir com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, e com o chanceler, Omar Paganini. A reunião na tarde de sábado na Torre Executiva (sede da Presidência), segundo fontes do governo, será um “sinal de espeque” às reivindicações do opositor venezuelano sobre os resultados eleitorais em seu país.
A relação diplomática entre Milei e Maduro já estava tensa, mas ruiu completamente posteriormente o resultado eleitoral não ter sido reconhecido. A embaixada argentina em Caracas – sob custódia do Brasil – abriga desde março seis colaboradores de Machado, acusados de “terrorismo”. Um deles renunciou ao asilo em 20 de dezembro, deixou a legação e se entregou às autoridades. Os cinco restantes aguardam um salvo-conduto para deixar o país.
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A visitante de González ocorre enquanto autoridades oferecem uma recompensa de 100 milénio dólares (620 milénio reais na cotação atual) por informações que levem à sua prisão e em meio à escalada da tensão entre os países posteriormente a prisão de um gendarme prateado na Venezuela. González exilou-se na Espanha em setembro e prometeu retornar a seu país para “tomar posse” no lugar de Maduro. Em 20 de dezembro, a Espanha concedeu asilo político a González Urrutia, denunciado pelo Ministério Público venezuelano de “conspiração” e “associação criminosa”. Ele se exilou em Madri em 8 de setembro.
As autoridades eleitorais venezuelanas proclamaram Maduro reeleito a um terceiro procuração contínuo de seis anos (2025-2031), sem vulgarizar detalhes da enumeração de votos. A oposição denuncia uma fraude e reivindica a vitória de González Urrutia amparada em atas eleitorais publicadas na internet. Sua proclamação gerou protestos que deixaram 28 mortos e muro de 200 feridos, além de 2.400 detidos. Três detidos morreram na prisão e quase 1.400 foram soltos sob liberdade condicional.
Manancial/Créditos: Jovem Pan
Créditos (Imagem de cobertura): . EFE/Henry Chirinos