O ex-policial militar Pedro Emanuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro, espargido uma vez que Pedrinho, réu de participação na morte do violador Fernando Iggnacio, em 2020, foi recluso pela polícia do Paraguai, em Ciudad del Oriente, localidade que faz fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná.
A prisão foi na sexta-feira (3), mas comunicada oficialmente exclusivamente neste sábado (4). A detenção foi realizada pelo Comando Tripartito da Polícia Pátrio do Paraguai, em investigação conjunta com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) da Polícia Social do Rio de Janeiro.
Investigação
Pedrinho é indicado pelos investigadores brasileiros uma vez que um dos responsáveis pela realização de Iggnacio, em um incidente da guerra entre quadrilhas rivais que controlam o negócio ilícito do jogo do bicho no Rio de Janeiro.
As investigações apontaram que o recluso foi responsável por pesquisar sobre a rotina da vítima e sobre o tipo de arma a ser usada no transgressão. “Ele também realizou levantamentos sobre diversos outros contraventores executados, demonstrando um estudo de caso para que a ação criminosa contra Fernando Iggnacio não tivesse nequice”, descreve a Polícia Social no expedido sobre a prisão.
Pedro Emanuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro chegou a ser denunciado pelo Ministério Público. Ele estava fugido no Paraguai e foi tomado ao dar início em procedimentos para emissão de documentos no país vizinho. Autoridades paraguaias suspeitaram dele ao constatarem que usava documento brasiliano falso.
Realização
Fernando Iggnacio foi morto ao suportar uma emboscada com tiros de fuzil, em 10 de novembro de 2020, logo depois desembarcar de um helicóptero no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Ele e o também violador Rogério Andrade eram “herdeiros” de Castor de Andrade (morto de infarto em 1997) e desafetos. Iggnacio era genro, e Andrade, sobrinho de Castor. A disputa pelo controle do jogo do bicho foi o motivo do homicídio.
Em 29 de outubro de 2024, Rogério de Andrade e o ex-policial militar Gilmar Eneas Barbosa foram presos pelo transgressão. Os mandados foram expedidos pelo Raciocínio da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri.
O recluso será guiado para a Polícia Federalista brasileira, que ficará a missão de apresentá-lo à Justiça no Brasil. Contra ele, existem dois mandados de prisão por homicídio, segundo a polícia fluminense.