Em 2024, as altas temperaturas bateram recorde no Brasil. Esse foi o ano mais quente no país desde 1961, segundo dados do Inmet (Instituto Vernáculo de Meteorologia), vinculado ao Ministério da Lavoura e Pecuária (Planta). A média da temperatura no ano pretérito ficou em 25,02°C, supra da média histórica anual do período de 1991 a 2020, que é de 24,23°C.
Os dados confirmam a tendência de aquecimento contínuo. “O Inmet verificou uma tendência de aumento estatisticamente significativo das temperaturas ao longo dos anos, que pode estar associada à mudança no clima em decorrência da elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais”, informa o instituto, em nota publicada no portal.
O impacto do fenômeno El Niño, que afetou o Brasil em 2023, e o desmatamento na Amazônia, intensificado durante os anos de governo Bolsonaro, resultaram em secas extremas em 2024, aumentando o calor. A redução da floresta prejudica o ciclo das chuvas e tem impactos em todo o país, conforme publicou o Brasil de Roupa, em notícia sobre a seca na Amazônia no ano pretérito.
De tratado com a estudo do Inmet, antes de 2024, os anos mais quentes, a partir de 1961, foram 1998, 2016, 2019, 2015 e 2023, com temperaturas médias de 24,60ºC, 24,66ºC, 24,83ºC, 24,89ºC e 24,92ºC, respectivamente.
“É importante ressaltar que os anos destacados estavam sob influência do fenômeno El Niño, com intensidade de potente a muito potente, assim porquê em 2023 e os primeiros meses de 2024”, ressalta a nota. O fenômeno El Niño é caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico e tem, entre as consequências, a redução das chuvas na Amazônia.
Janeiro segue quente
Neste início de ano, o calor continua. Para janeiro de 2025, o Inmet prevê temperaturas supra de média em quase todo o país.
“Em áreas pontuais do Amazonas, Amapá, sudoeste do Paraná, leste de Santa Catarina e sul do Rio Grande do Sul, são previstas temperaturas próximas ou ligeiramente inferior da média, devido à ocorrência de dias consecutivos com chuva que podem amenizar a temperatura”, informa o instituto.
Edição: Nicolau Soares
