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Policiais militares fizeram abordagens e grava\u00e7\u00f5es em v\u00eddeo, com presen\u00e7a ostensiva, durante o vel\u00f3rio e o enterro de Ryan da Silva Andrade Santos<\/a>, de 4 anos, morto em a\u00e7\u00e3o policial na cidade de Santos na noite de ter\u00e7a-feira (5). A den\u00fancia \u00e9 de entidades de direitos humanos de S\u00e3o Paulo<\/a>, que se deslocaram at\u00e9 a Baixada Santista para seguir o caso, incluindo o ouvidor da Pol\u00edcia de S\u00e3o Paulo, Cl\u00e1udio Aparecido.<\/p>\n

\u201cC\u00e1 no estado de S\u00e3o Paulo virou pol\u00edtica governamental<\/a> colocar a pol\u00edcia em vel\u00f3rio de gente que morre pelas m\u00e3os da pol\u00edcia, intimidar as pessoas. Voc\u00eas viram o comportamento da pol\u00edcia, batalh\u00e3o de choque, Baep [Batalh\u00e3o de A\u00e7\u00f5es Especiais de Pol\u00edcia], at\u00e9 tinha a viatura do pr\u00f3prio batalh\u00e3o [dos policiais envolvidos na morte de Ryan] c\u00e1 no cemit\u00e9rio. Isso \u00e9 vergonhoso, \u00e9 o mont\u00e3o da falta de rever\u00eancia aos direitos fundamentais das pessoas. Nesse estado n\u00e3o vai poder mais ter ato sepulcral?\u201d, questionou o ouvidor.<\/p>\n

Aparecido discutiu diretamente com os policiais ao intervir em uma abordagem policial com um var\u00e3o em uma moto. “Quem \u00e9 que est\u00e1 querendo tumultuar, cabo? Quem veio tumultuar c\u00e1 foram voc\u00eas”, disse o ouvidor a um dos PMs em not\u00f3rio momento, conforme v\u00eddeo divulgado<\/a> pelo jornal Folha de S.Paulo<\/em>. Ele questionou a postura do porta-voz da Pol\u00edcia Militar (PM) que falou em redu\u00e7\u00e3o da maioridade penal ao comentar o caso. \u201cVai reduzir a quanto? Tr\u00eas anos? Qual delito que esse menino estava cometendo?\u201d<\/p>\n

A deputada estadual Ediane Maria tamb\u00e9m estava no s\u00edtio no momento da confus\u00e3o e relatou o caso nas redes sociais. \u201cNa frente do vel\u00f3rio estava tendo uma abordagem policial, quando o policial d\u00e1 um tapa na cabe\u00e7a do rosto para falar se ficava acordado, e n\u00f3s fomos intervir. Foi um momento de demagogia, de deboche, que s\u00f3 respeitaram mais ou menos quando souberam que era parlamentar, que tamb\u00e9m estava o ouvidor da pol\u00edcia. Ou seja, a gente est\u00e1 vendo o retrocesso da seguran\u00e7a p\u00fablica. A seguran\u00e7a p\u00fablica est\u00e1 para proteger quem?\u201d, questiona.<\/p>\n