O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a suspensão de novas ações eleitorais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Gilson Machado, ambos do Partido Liberal (PL), em Pernambuco. A petição foi apresentada à 5ª Zona Eleitoral do Recife, e acusa a dupla de promover propaganda eleitoral antecipada, o que contraria a legislação vigente.
Bolsonaro e Machado, ao visitar várias cidades pernambucanas, atraíram grandes multidões, mormente em redutos tradicionalmente dominados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo PSB, partido que há décadas exerce potente influência na região. As autoridades eleitorais alegam que os eventos, descritos uma vez que “recepção pública”, possuíam todos os elementos típicos de uma campanha eleitoral, incluindo a presença de apoiadores, músicas, discursos e mobilizações públicas.
Na quarta-feira (7), Bolsonaro desembarcou no Aeroporto Internacional dos Guararapes, onde foi recebido por milhares de simpatizantes. De lá, seguiu em um comboio até o meio do Recife, em uma revelação que o MPE considera uma vez que ato de campanha. No dia seguinte, Bolsonaro participou de um literato evangélico em Jaboatão dos Guararapes e, posteriormente, foi a Gravatá para mais um encontro com apoiadores. A agenda de Bolsonaro em Pernambuco inclui ainda uma carreata no sábado (10), mas, caso o pedido do MPE seja aceito, esse evento poderá ser cancelado.
Se o pedido do MPE for acatado pela Justiça Eleitoral, Bolsonaro e Machado poderão enfrentar multas e embargos em futuras campanhas, uma medida que visa asseverar a paridade de condições entre os candidatos e o cumprimento das regras eleitorais. A situação reflete a crescente tensão entre as campanhas políticas no Brasil, mormente em regiões onde a disputa entre partidos é historicamente acirrada.
Direita Online
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