Começou nesta segunda-feira (23) o Dança do Menino Deus, espetáculo teatral e músico que já virou tradição do ciclo natalino do Recife. A terreiro do Marco Zero, no Recife Vetusto, costuma lotar para observar à história de Jesus Cristo contada por meio das manifestações da cultura popular nordestina. As apresentações, nesta terça (24) e quarta (25), acontecem às 20h. O evento é gratuito e simples ao público.
O espetáculo ao ar livre traz, porquê de prática, grandes nomes da cena artística de Pernambuco. Oriente ano, Maria será interpretada pela cantora Laís Senna, e José será interpretado pelo cantor, compositor e sanfoneiro Lucas Dan Melo. Em 20 edições do dança, o personagem José passou praticamente porquê figurante, sem falas. Mas levante ano ele recitará uma adaptação de Manuel Bandeira. Também participam do músico a rainha da joeira, Lia de Itamaracá; os maestros Forró e Spok, que lideram as duas orquestras populares mais famosas do estado; além de Isadora Melo.
O público verá no palco manifestações porquê frevo, maracatu, xote, além de brinquedos populares porquê caboclinhos, bois e reisado. A proposta do Dança, em sua geração, segundo o idealizador e teatrólogo Ronaldo Correia de Brito, foi falar do Natal “sem os valores do consumismo e do shopping”, que dominam a data atualmente. “A gente queria resgatar personagens originais que foram praticamente expulsos do Natal”, disse Correia de Brito em entrevista a Afonso Bezerra, repórter do Brasil de Indumento.
A história de Jesus, Maria e José é acompanhada por dois “Mateus”, tradicional palhaço da cultura popular nordestina, presente também nos brinquedos de bois e de cavalo pelágico. “Apresentamos um Cristo humanizado, galhofeiro, feliz. Seu promanação é festejado numa sarau, que é o Dança do Menino Deus”, diz Ronaldo Correia de Brito. A peça também traz dilemas contemporâneos, porquê as questões ambientais.
O Dança deste ano é produzido pela Relicário Produções e tem direção de produção de Carla Valença. O Dança do Menino Deus fez sua primeira apresentação nos anos 1980 e, em 40 anos, esta é a sua 21ª edição. Oriente ano a peça foi reconhecida pela Câmara de vereadores porquê Patrimônio Incorpóreo do Recife.
Manancial: BdF Pernambuco
Edição: Vinícius Sobreira