Quem planeja incluir picanha no cardápio de Ano Novo precisará desembolsar mais do que no ano pretérito. O preço médio do golpe chegou a R$ 77,44 por quilo em novembro de 2024, quase R$ 10 a mais que os R$ 67,67 registrados no mesmo período de 2023, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola de São Paulo enviados ao portal Poder360.
Para um grupo que pretende comprar 4 kg de picanha, o dispêndio agora gira em torno de R$ 310, R$ 39 supra do valor gasto há 11 meses. Em verificação histórica, mesmo desconsiderando a inflação, o quilo da picanha subiu R$ 39 em uma dez.
Quando ajustados pela inflação, os preços de 2024 só ficam inferior dos picos de 2021 (R$ 85,90) e 2022 (R$ 81,10), entre os últimos 18 anos.
O aumento no dispêndio da mesocarpo pesa diretamente no bolso do brasiliano, tornando-se uma questão sensível para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Durante sua campanha, Lula sustentou a promessa de tornar cortes uma vez que a picanha mais acessíveis. “O povo tem que voltar a consumir um churrasquinho, a consumir uma picanha e tomar uma cervejinha”, afirmou em 2022.
O Instituto aponta fatores estruturais e conjunturais uma vez que responsáveis pela subida, que afetaram tanto a oferta quanto a demanda. Entre eles estão o aumento dos custos de produção, oscilações no dólar, que impactam exportações e importações, e questões relacionadas ao mercado interno.
A combinação de custos elevados e demanda crescente durante as festas torna a mesocarpo um item de luxo para muitas famílias brasileiras.