Os víveres tradicionalmente consumidos na ceia de Natal sofreram aumentos significativos de preços em 2024, de consonância com dados do Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Espaçoso (IPCA), calculado pelo IBGE. Carnes e frango inteiro, por exemplo, registraram altas de 14,80% e 5,24%, respectivamente, superando a inflação acumulada até novembro, que foi de 4,29%.
A elevação no dispêndio das proteínas animais foi impulsionada por fatores uma vez que subida do dólar, mudanças climáticas e uma demanda maior devido à recomposição da renda das famílias brasileiras. A seca intensa e as altas temperaturas prejudicaram as pastagens, reduzindo a oferta de manada. Aliás, a redução no abate de vacas e o dólar ressaltado tornaram as exportações mais atrativas que o mercado interno, além de encarecerem os insumos para alimento dos animais.
Outros víveres também tiveram aumentos expressivos, uma vez que óleo de oliva (21,60%), frutas (11,57%), arroz (9,51%) e batata inglesa (7,59%).
Esses produtos estão entre os itens mais procurados no período natalino, o que pode impactar diretamente o orçamento das famílias. Apesar do cenário universal de subida, alguns produtos registraram queda nos preços, uma vez que cebola (-33,78%), tomate (-24,86%) e cenoura (-23,99%). A redução está relacionada à superprodução e à subida importação de itens uma vez que cebola, que, posteriormente um período de enchentes no Rio Grande do Sul, gerou um excedente no mercado.
No entanto, a queda nos preços desses itens não compensa o aumento no dispêndio das proteínas, que tradicionalmente representam o maior gasto na ceia.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta pressão em relação à subida dos preços dos víveres, mormente devido à promessa de campanha de tornar a picanha conseguível aos brasileiros. A inflação dos víveres para consumo domiciliar atingiu 8,4% no amontoado de 12 meses até novembro, quase o duplo do IPCA universal. Esse é o índice mais cocuruto desde fevereiro de 2023, representando um repto político para um governo com poderoso oração social.
Com o cenário de preços elevados, o Natal de 2024 será um teste de resiliência para muitas famílias brasileiras, que terão que lastrar o orçamento para manter as tradições de termo de ano. Informações Jornal Brasil