O jornalista Leo Dias não tornou-se “o” nome do entretenimento por casualidade. Foi aos poucos, desde o termo dos anos 90, construindo uma curso que hoje é referência no jornalismo de celebridades. Possuinte de uma personalidade possante e opiniões que nem sempre agradam, ele ganhou espaço exatamente por não ter pânico de falar o que pensa — e de revelar o que muitos preferem esconder. Não foi da noite para o dia, nem por sorte. Leo está nessa estrada há décadas, enfrentando críticas, criando histórias e marcando território. Trabalhou em grandes veículos, mas nunca perdeu sua risca editorial independente.
Em uma entrevista recente, que deu o que falar, Leo recebeu Jojo Todynho, influenciadora que anda chamando atenção por suas declarações políticas nos últimos meses. Dissemelhante do que muitos esperavam, ela se declarou de direita, alinhada a ideias associadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, e aproveitou para fazer críticas ao presidente Lula e à esquerda. Foi sincera, uma vez que costuma ser.
Em patente momento de conversa meio, Léo fez uma pergunta que já vinha ecoando nas redes: “Por que preto e gay têm que ser de esquerda?” Era mais que uma provocação; era uma forma de cutucar uma narrativa que, segundo muitos, tenta moldar quem pode ou não pensar dissemelhante.
Jojo Todynho não fugiu da questão. Ela foi direta, disse o que pensa e defendeu que cada pessoa tem o recta de ser quem é e crer no que quiser, sem precisar se encaixar em rótulos impostos por ninguém. A conversa acabou indo além, porque tocou em alguma coisa que muita gente sente, mas tem pânico de expressar: a pressão de se adequar às regras de um grupo para não ser cancelado ou atacado.