Um relatório do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) apontou indícios de superfaturamento de R$ 7,8 milhões na construção do Hospital da Moço, obra conduzida pela gestão do prefeito João Campos (PSB). As informações são do portal Metrópoles e do jornal O Orbe.
O projeto, com contrato estimado em R$ 111,8 milhões, foi tribuna na campanha de reeleição do prefeito e tem inauguração prevista para janeiro.
A auditoria identificou sobrepreço, subdimensionamento de equipamentos e descumprimento do cronograma. Até o momento, R$ 52,1 milhões já foram pagos à empresa responsável pela obra. O TCE-PE recomendou a suspensão imediata dos pagamentos e pediu esclarecimentos à Prefeitura de Recife, que tem até a próxima segunda-feira (23) para se manifestar.
O relator do caso, ainda conforme O Orbe, é o mentor Marcos Loreto, que solicitou a resposta solene, e é primo de segundo proporção da mãe do prefeito, Renata Campos. Loreto foi indicado ao TCE-PE pelo ex-governador Eduardo Campos, pai do prefeito, falecido em 2014.
Em nota, a Prefeitura disse não há irregularidades no processo. “Os itens destacados no relatório estão sendo cuidadosamente analisados, e as informações técnicas necessárias estão sendo levantadas para subsidiar a resposta ao TCE-PE. A prefeitura reitera que ajustes, esclarecimentos e justificativas técnicas fazem segmento do processo oriundo de auditorias em obras públicas e serão devidamente apresentados no contexto da tramitação regular”, diz trecho do posicionamento.
A construção do Hospital da Moço, localizado na Zona Oeste de Recife, foi um dos projetos mais enfatizados por João Campos durante sua campanha de reeleição.