Nesta sexta-feira (20), a Polícia Federalista (PF) deflagrou a segunda tempo da Operação Sisamnes para apurar um esquema de venda de sentenças judiciais no estado de Mato Grosso. A ação inclui mandados de procura e inquietação em endereços ligados a um desembargador investigado, além de outras medidas uma vez que retiro de servidores do Poder Judiciário, bloqueio de bens e proibição de saída do país.
A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federalista, e identificou operações imobiliárias suspeitas realizadas pelos investigados, com o objetivo de dissimular a origem ilícita dos recursos. Até o momento, a PF bloqueou R$ 1,8 milhão em bens e sequestrou imóveis adquiridos por um magistrado envolvido.
Embora a nota solene da PF não revele o nome do desembargador intuito das buscas, dois magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Sebastião de Moraes Rebento e João Ferreira Rebento, já haviam sido afastados cautelarmente em agosto pela Corregedoria Vernáculo de Justiça (CNJ).
As investigações apontam que os dois mantinham “amizade íntima” com o jurisperito Roberto Zampieri e recebiam benefícios financeiros e presentes de elevado valor em troca de decisões judiciais favoráveis aos interesses do jurisperito.
O caso ganhou um perímetro ainda mais grave com o homicídio de Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2022, em frente ao seu escritório em Cuiabá. O Ministério Público estadual considera a possibilidade de que o homicídio esteja relacionado às decisões emitidas pelo TJ-MT. Jornal da cidade