Manifestantes realizaram um ato contra a violência policial em São Paulo na tarde desta segunda-feira (9). O protesto aconteceu em meio a uma sequência de casos de abordagens policiais violentas no estado. O trajeto começou na escadaria da Catedral da Sé, no Meio de São Paulo, e seguiu até o Ministério Público (MP).
Com organização da União dos Movimentos por Moradia (UMM-SP), a revelação pediu uma audiência com o MP e uma ação do órgão para isentar e punir o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário de segurança pública, Guilherme Muraro Derrite.
“Chega de projéctil perdida contra os corpos negros e contra os jovens da periferia”, cobraram os participantes, em frente ao prédio do MP. Sem retorno dos membros do Ministério Público sobre o pedido de audiência, os manifestantes decidiram fechar o ato.
Segundo dados do MP, houve um aumento de 74% nas mortes cometidas por policiais militares em São Paulo até 3 de dezembro deste ano, na conferência com o mesmo período de 2023. Foram 712 pessoas mortas por PMs no estado no pausa de 2024 contra 409 um ano antes.
Dos assassinatos registrados até agora, 608 foram praticados por policiais no horário de serviço e 104 por agentes em folga. O totalidade representa uma média de duas pessoas mortas pela polícia por dia.
Em decisão publicada nesta segunda-feira (9), o presidente do Supremo Tribunal Federalista (STF), Luís Roberto Barroso, determinou o uso obrigatório de câmeras corporais para todos os policiais do estado de São Paulo.
Edição: Thalita Pires