O âncora da CNN Brasil, William Waack, não poupou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as recentes declarações dele sobre o processo eleitoral na Venezuela. Lula descreveu o processo eleitoral venezuelano como não “anormal”, “grave” ou “assustador”, afirmando que “teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça, e a Justiça faz”.
Waack contestou a visão do petista, argumentando que a declaração de Lula serve para mascarar fatos desagradáveis que a pessoa não vê ou não quer ver e justificar fatos abomináveis que a pessoa pretende dizer que não apoia, mas apoia. Ele criticou o que considera uma relativização dos princípios democráticos e morais.
“A frase do presidente Lula serve para relativizar qualquer coisa, o que é sempre um grande perigo. Ao se relativizar, é que se perde a noção de princípios, a noção dos limites do que é moralmente aceitável ou inaceitável”, disse Waack.
O âncora ressaltou a importância da responsabilidade ao se fazer declarações como chefe de Estado, destacando a diferença entre uma “frase irresponsável de botequim” e uma afirmação de alguém em uma posição de liderança. “É a capacidade de reconhecer a seriedade, o significado e a abrangência dos fatos”, criticou Waack.
Ele concluiu seu comentário questionando a seriedade das declarações de Lula, afirmando que “como é grave fraudar uma eleição. Senão a frase fica valendo para o próprio Lula: não tem nada de grave, nada de assustador nas coisas que ele diz. Afinal, é cada vez menos levado a sério.”
A análise de Waack destaca a percepção de que Lula, ao minimizar a gravidade da situação eleitoral na Venezuela, acaba por relativizar questões fundamentais de democracia e justiça, o que é visto como perigoso e irresponsável. Veja o vídeo abaixo
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