Posteriormente a visitante de Estado do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, o ministro da Ensino da China, Huai Jinpeng, esteve na UnB, a Universidade de Brasília, para o lançamento das iniciativas do Núcleo Brasil-China de Pesquisa, Desenvolvimento e Promoção de Tecnologia e Mecanização para Cultura Familiar.
Jinpeng participou do “Fórum Brasil-China: Marcos para uma novidade período de cooperação para o desenvolvimento compartilhado”, organizado pela Universidade de Brasília (UnB) e o Instituto Taihe da China.
O evento também recebeu oficialmente as 70 máquinas e equipamentos chineses que serão destinados à Quinta Chuva Limpa da UnB e a assentamentos da reforma agrária do Região Federalista.
“Esperamos que, sob a orientação dos dois chefes de Estado, Lula e Xi Jinping, a ensino da China e do Brasil se torne pioneira, padrão e líder no desenvolvimento dos dois países, e crie um novo capítulo ‘através de montanhas e mares’”, disse o ministro usando uma metáfora chinesa utilizada para falar de lugares que se encontram distantes.
Outro dos projetos inaugurados esta semana pelo Núcleo Brasil-China para Cultura Familiar, são as Residências Tecnológicas e Científicas. O projeto vai promover o intercâmbio de estudantes entre os dois países.
Do lado brasílico, estudantes de pós-graduação chineses farão vivências em escolas de formação técnica do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terreno (MST), porquê a Escola Latino Americana de Agroecologia ou o Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (Iterra).
Estudantes da China também irão para Apodi para participar da Unidade Demonstrativa CH-BR de Máquinas Agrícolas para Cultura Familiar.
Do lado chinês, serão concedidas bolsas de pós-doutorado de graduação e doutorado sanduíches, para a Universidade de Cultura da China.
A parceria também inclui a instalação de um núcleo de big data. O núcleo servirá para otimizar e adequar as máquinas para o território brasílico, “em pessoal os assentamentos onde depois elas vão ser utilizadas e vão proporcionar a mobilidade social e a produção de provisões na Cultura Familiar”, diz a recém-empossada reitora da UnB, Rozana Naves.
“Os dados vão fornecer novas oportunidades de pesquisa para os professores e estudantes da universidade”, completa a reitora.
De esq a dir, vice-reitor da UnB, Márcio Muniz; reitora da UnB Rozana Naves; ministro da Ensino chinês Huai Jinpeng; e emissário chinês no Brasil, Zhu Qinqiao / Mauro Ramos
“A princípio iremos utilizar o sistema para monitorar máquinas agrícolas que terão chips”, explica o coordenador do Núcleo Brasil-China para Cultura Familiar, Sérgio Sauer.
“Poderemos coletar informações sobre eficiência, tempo de uso, etc. Outra função é monitorar dados climáticos porquê umidade do solo e precipitações, o que auxilia no planejamento da produção, portanto, será um insumo fundamental para pesquisa e inovação”, diz Sauer, também professor do programa de pós-graduação em Meio Envolvente e Desenvolvimento Rústico.
O vice-reitor da Universidade de Cultura da China, Du Taisheng, acredita que a cooperação tem muito potencial e que não é exclusivamente na extensão técnica, da mecânica. “Também precisamos promover mais disciplinas e faculdades para participar por meio de treinamento de talentos e intercâmbios, mormente em sociologia e humanidades”.
A formação de talentos e a inovação científica e tecnológica visam a solução de problemas científicos e tecnológicos na produção dos pequenos agricultores, explica Du.
A redução da pobreza reduz o problema da míngua, e ajuda no procura da prosperidade generalidade, diz o vice-reitor.
Durante o encontro, o ministro de Ensino da China elogiou o MST pela tributo para o desenvolvimento das parcerias entre Brasil e China na lavradio familiar.
“O que o senhor fez é uma grande tributo para esta parceria”, disse Huai Jinpeng. Ao que João Pedro Stedile, da direção pátrio do movimento, respondeu: “Eu sou um entre centenas. Nós aprendemos com o Mao, se não faz de forma coletiva não vai ter sucesso”.
Ministro da Ensino da China cumprimenta dirigente pátrio do MST, João Pedro Stedile, na Universidade de Brasília / Mauro Ramos
Edição: Felipe Mendes