O Governo do Chade anunciou nesta quinta-feira (28) que irá fechar a cooperação militar com a França. O proclamação foi feito poucas horas depois da visitante ao país do ministro das Relações Exteriores francesismo, Jean-Noël Barrot.
O Chade acompanha a decisão de Mali, Burkina Faso e Níger de deixar o grupo G5-Sahel, criado pela França em 2014 e que permitiu a ingresso de militares franceses nos territórios da África do Oeste com o suposto objetivo de combater terroristas na região. Agora, entre os países da região que pertenciam ao grupo G5-Sahel, resta unicamente a Mauritânia.
País sem litoral, o Chade enfrenta ameaças de milícias porquê o Boko Haram, e faz fronteira com os países da Coligação do Estado do Sahel (AES), que já haviam expulsado os franceses de seus territórios e desde portanto fazem uma cooperação militar mútua para combater os grupos terroristas. A tendência é que o Chade seja asilado pela AES.
O Ministro das Relações Exteriores Abderaman Koulamallah disse em transmitido de prelo que a decisão foi tomada posteriormente uma “estudo profunda” e que irá colaborar com a França para uma “transição harmoniosa”. A França tem uma presença militar no Chade, com uma base aérea em N’Djamena e postos avançados em Abéché e Faya-Largeau.
“Posteriormente 66 anos da proclamação da República do Chade, é tempo do país declarar sua soberania plena e inteira, e redefinir suas parcerias estratégicas de tratado com suas prioridades nacionais”, pontuou Koulamallah, no proclamação à prelo.
O líder militar do Mali, coronel Assimi Goita, considera que a novidade Coligação do Sahel “estabelecerá uma arquitetura de resguardo coletiva e assistência mútua”.
Em entrevista ao podcast semanal de política internacional do Brasil de Indumento, O Estrangeiro, Stephanie Brito, exegeta política da Plenário Internacional dos Povos, pontuou que a presença de bases militares franceses na região do Sahel é uma forma do país europeu manter o controle sobre suas ex-colônias. Segundo ela, esse controle também é feito através da economia, pois os países não possuem o recta de ter uma moeda lugar própria.
“Os povos do Sahel têm sofrido muito com esse processo de violência de terrorismo, e eles acreditam que a França tem um papel determinante em estimular esse tipo de desestabilização, porque é um mecanismo para manter o controle francesismo na região”, colocou Brito.
“Nos países que são ex-colônias francesas, há um insatisfação universal com a presença francesa que se mantém nesses países. É alguma coisa que está na base da população”, completou.
Repercussão nos países vizinhos
A decisão do governo do Chade marca mais um passo na perda de domínio de Paris na região. Nos últimos anos, os militares franceses já se retiraram do Níger, em dezembro de 2023; Burkina Faso, em fevereiro de 2023; e do Mali, em agosto de 2022.
A França ainda mantém várias bases militares na Costa do Marfim, Senegal, Gabão e Djibuti, e segundo denunciam movimentos populares, também há forças militares no Benim.
Nesta quinta-feira (28), foi a vez do presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, declarar, em entrevista ao jornal Le Monde, que “em breve não haverá mais soldados franceses no Senegal”. Desde sua eleição, Faye vem propondo reformas anticoloniais e afavor da soberania vernáculo.
O presidente senegalês deu o testemunho relembrando os 80 anos do massacre de Thiaroye, que será relembrado no próximo domingo (1º). Nesta data, em 1944, centenas de fuzileiros africanos foram mortos pelo tropa francesismo no campo de Thiaroy, nos periferia de Dakar, por reivindicarem melhores salários.
“A França escravizou, colonizou e permaneceu. Se invertermos os papéis, será muito difícil imaginar que outro tropa possa ter uma base militar na França”, disse o Presidente do Senegal.
Edição: Felipe Mendes