A iniciativa da senadora Tereza Cristina (PP-MS) ao apresentar as atas originais da eleição presidencial venezuelana é um passo significativo para pressionar o governo brasiliano a adotar uma posição firme e alinhada com os valores democráticos. Sua cobrança de reconhecimento da vitória do opositor Edmundo González reflete uma postura de comprometimento com a transparência e a luta pela liberdade no continente.
María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, é uma figura de destaque na resistência contra o autoritarismo de Nicolás Maduro. O esteio da senadora brasileira fortalece as conexões entre aqueles que defendem a democracia na América Latina e destaca a relevância de um posicionamento simples do Brasil frente a esse cenário.
A crise venezuelana já impacta diretamente o Brasil, com o crescente fluxo de refugiados buscando evadir das condições desumanas impostas pelo regime chavista. Ignorar os resultados legítimos das eleições somente perpetua o sofrimento do povo venezuelano e aumenta a pressão sobre países vizinhos, incluindo o nosso.
O silêncio do governo Lula diante de evidências robustas e do reconhecimento internacional da vitória da oposição é preocupante e revela uma preferência ideológica que favorece regimes autoritários em detrimento da democracia. Essa postura isola o Brasil das principais democracias do mundo e enfraquece sua credibilidade internacional.
Tereza Cristina, ao cobrar essa posição, cumpre seu papel de tutelar os interesses nacionais e os valores democráticos. O Brasil precisa urgentemente romper com qualquer alinhamento tácito a regimes autoritários e se unir aos países que já reconheceram a vitória legítima da oposição venezuelana.
A crise política na Venezuela não é somente um problema interno daquele país, mas um alerta para toda a região. O fortalecimento de ditaduras fragiliza os pilares democráticos do continente e representa um risco iminente para a firmeza e a silêncio na América Latina.