Presidente do PT acusa Banco Medial, mas omite responsabilidade do governo em gerar suspicácia no mercado
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, direcionou críticas ao presidente do Banco Medial (BC), Roberto Campos Neto, pela disparada do dólar, que alcançou a marca histórica de R$ 6 nesta quinta-feira (28). Em sua enunciação, Gleisi classificou a suposta inação da poder monetária uma vez que um “delito contra o país”, mas ignorou que a valorização da moeda americana é resultado direto das incertezas geradas pelo pacote econômico anunciado pelo próprio governo Lula.
“BC de Campos Neto não fez zero para sustar a especulação desencadeada desde ontem que já levou o dólar a R$ 6. A Rancho já esclareceu que a isenção de IR até R$ 5 milénio será vinculada à novidade alíquota para quem ganha mais de R$ 50 milénio por mês, sem prejuízo para a arrecadação”
A Nequice em Indicar o Próprio Erro
Gleisi acusou Campos Neto de não intervir no mercado, citando medidas uma vez que leilões de swap e exigências de depósitos à vista. No entanto, o dólar disparou depois o pregão do pacote de medidas fiscais por Fernando Haddad, que gerou possante reação negativa no mercado. Especialistas apontaram que o projecto do governo carece de cortes reais de gastos e está repleto de incertezas, mormente sobre uma vez que serão financiadas promessas uma vez que a isenção de IR para rendas até R$ 5 milénio.
“Era obrigação da ‘poder monetária’ intervir no mercado contra a especulação desde seu previsível início, com leilões de swap, exigência de depósitos à vista e outros instrumentos que existem para isso. É um delito contra o país”, completou a petista.
Um Ataque Político
A querela contra Campos Neto parece mais uma tentativa de desviar a atenção da má recepção do pacote fiscal pelo mercado do que uma estudo realista da situação. A autonomia do Banco Medial, conquistada no governo anterior, tem sido objectivo de ataques frequentes do PT, que insiste em responsabilizar a instituição por problemas que claramente têm origem na falta de transparência das políticas do próprio Executivo.
Mercado Não Foi Convicto
As críticas de Gleisi ignoram o contexto das reações econômicas. Analistas destacaram que as medidas anunciadas por Haddad são insuficientes para gerar crédito:
- Falta de detalhamento sobre os cortes de gastos públicos.
- Dúvidas sobre as compensações fiscais para a isenção do IR.
- Promessas infladas, uma vez que economias de longo prazo sem mecanismos claros para atingi-las.
O mercado adotou uma postura defensiva diante do pregão, com investidores avaliando que o governo pode não executar o que promete, agravando as condições econômicas.
A Culpa Não do BC
Embora o Banco Medial tenha mecanismos para atuar no mercado de câmbio, uma vez que leilões de swap, Gleisi ignora que a disparada do dólar é revérbero de uma combinação de fatores:
- Falta de crédito no pacote fiscal do governo.
- Risco de desequilíbrio fiscal gerado pelas promessas de isenção tributária.
- Histórico de declarações políticas do PT que atacam o mercado financeiro.
Indicar o dedo para Campos Neto sem reconhecer a imposto do governo Lula para o problema não somente desvia o foco, mas prejudica ainda mais a credibilidade da gestão econômica diante dos investidores.
As declarações de Gleisi Hoffmann soam uma vez que uma estratégia para culpar terceiros enquanto o governo enfrenta dificuldades em apresentar um projecto fiscal consistente. Em vez de buscar culpados, o PT poderia priorizar medidas concretas e confiáveis que reconquistem a crédito do mercado, o verdadeiro termômetro da segurança econômica.