O diretor de jornalismo da Rede Mundo, Ricardo Villela, e o editor-chefe do Jornal Vernáculo, William Bonner, não gostaram nem um pouco do vídeo em que repórteres políticos do noticiário da emissora encenaram uma apuração envolvendo o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De congraçamento com informações do portal F5, da Folha de S.Paulo, a publicação “causou imenso mal-estar” na empresa.
A ordem de retirada do vídeo de todas as plataformas digitais da Rede Mundo partiu de Villela. Para o diretor de jornalismo, a gravação destoa completamente do padrão que a empresa usa nas redes e deveria ser excluída para que não fosse usada uma vez que munição por perfis de direita. A produção também desagradou Bonner, que utilizou termos uma vez que “cafona” para criticá-la.
A polêmica em torno do vídeo encenado já tinha começado até mesmo na redação do Região Federalista, onde o diretor de jornalismo na capital federalista expressou divergência para com a gravação. Mas, deixou-se vencer pelos que eram favoráveis ao post.
O vídeo em questão foi protagonizado pelo repórter Vladimir Netto, que é rebento da jornalista Míriam Leitão. Outros jornalistas, uma vez que Júlio Mosquéra e Delis Ortiz, também participaram da encenação dos bastidores da Mundo.
A repercussão negativa foi imediata: internautas e políticos aliados de Bolsonaro criticaram duramente a produção, acusando a Mundo de transformar a notícia em espetáculo e de expor um posicionamento político.
Depois sua exclusão, a cúpula do jornalismo orientou seus repórteres a serem cautelosos ao usar as redes sociais da emissora para “projetos experimentais”, que fujam muito do padrão já adotado pela empresa.