A padrão gaúcha Marcia di Paula venceu o Miss Universe Trans entre candidatas supra dos 40 anos. É o primeiro título mundial que o Brasil conquista na categoria. A cerimônia ocorreu em 11 de novembro, em Novidade Délhi, na Índia.
Ela tem 46 anos e é proveniente de Dona Francisca, município com 3 milénio habitantes da Região Médio do Rio Grande do Sul. A novidade Miss Universe Trans recebeu a grinalda da conterrânea Luanna Isabelly, que conquistou o título supremo em 2023. Marcia já havia sido coroada Miss Universe Trans Brasil (Ladies) em setembro, durante um evento no Teatro Unisinos em Porto Jubiloso (RS).
Levando a bandeira de Santa Catarina, Beatrice Bento também conquistou o título inédito de Miss Universe Trans das Américas. Ela é a primeira brasileira a receber o título em um concurso internacional. A premiação ocorreu em 12 de novembro, também em Novidade Délhi. “Esta conquista histórica marca um progresso para a representatividade e a inclusão das mulheres trans em palcos internacionais”, pontuou Beatrice.
Depois invadir o título pátrio em setembro, em Porto Jubiloso (RS), ela foi vítima de uma série de ataques em suas redes sociais sobre sua ar. “Não precisamos seguir padrões para sermos reconhecidas porquê mulheres trans”, se posicionou. A jovem de 31 anos lidera a discussão sobre a luta contra a padronização dos corpos e o reverência às particularidades de cada pessoa em seu processo de transição, defendendo que cada mulher trans deve ter a liberdade de viver sua própria verdade sem imposições.
A recém coroada Marcia di Paula usou trajes assinados pelo estilista Ruby Sarat, de Santa Maria (RS), que criou figurinos inspirados na voga parisiense. Ela pontua que sua conquista simboliza “não unicamente um marco pessoal, mas também um progresso para o Brasil na formação de lideranças e na promoção de projetos sociais voltados à comunidade trans”.
Durante seu ano de reinado, a miss se compromete a focar no entrada de mulheres trans ao mercado de trabalho e promete destinar o seu momento de visibilidade para promover ações contra a discriminação e o preconceito.
Ela iniciou sua curso artística em 2019, quando conheceu Fabiano Biazon e Mateus Ahlert, empresários especializados em projetos de inconstância e inclusão. Com o base e orientação da dupla, Marcia desenvolveu suas habilidades porquê atriz, padrão e miss, conquistando seu primeiro registro profissional aos 43 anos.
Marcia assume, assim, uma posição de liderança e será porta-voz em campanhas de conscientização e ações afirmativas para a luta contra a discriminação. “Ser Miss não é só um título, é servir de exemplo para as pessoas. Exemplo de resiliência, persistência, força, coragem, regra, luta”, definiu a Miss nas redes sociais.
História de conquistas
Originário do Pará, Beatrice Bento mudou-se para Santa Catarina com 26 anos de idade, onde deu início à sua transição aos 27. Na idade, ela foi a primeira mulher trans a integrar a liga de voleibol feminino do estado. Atualmente, a miss trabalha porquê assistente mercantil em uma multinacional, sendo a primeira mulher trans do país a ocupar a posição na empresa.
Durante o concurso, ela reafirmou seu compromisso em combater a discriminação e romper com os estereótipos de venustidade impostos às mulheres trans. Ela compartilhou sua experiência pessoal de transição porquê uma jornada única, onde cada passo foi respeitado e orientado com responsabilidade médica, hormonal e psicológica. “As pessoas precisam entender o tempo de cada um. Nos impor estereótipos físicos para sermos aceitas é uma forma de violência que precisamos combater”, declarou.
Luta pelo término da discriminação e padronização de corpos
Uma vez que Miss Universe Trans Brasil e Miss Universe Trans das Américas, Beatrice se dedica a promover pautas de inclusão e a tutelar a pundonor das mulheres trans. Seu projeto social, o Programa de Espeque e Protecção à Mulher Trans em Transição, oferece suporte psicossocial e jurídico para mulheres em processo de transição, respeitando a individualidade e o ritmo de cada uma. A iniciativa visa edificar um envolvente seguro para compartilhar experiências e ter entrada a serviços essenciais de saúde e orientação jurídica, contribuindo para uma transição digna e empoderada.
Beatrice Bento espera que sua vitória inspire outras mulheres trans a ocuparem seus espaços com orgulho e segurança. E que assim, cada mulher possa ser respeitada e valorizada, independentemente dos padrões sociais. “A verdadeira venustidade está na autenticidade e na liberdade de cada um de viver de harmonia com sua própria origem”, concluiu.
Brasil é o grande vencedor do Miss Universe Trans 2024
Sob a coordenação de Fabiano Biazon e Mateus Ahlert, a comitiva brasileira na Índia conquistou cinco prêmios, saindo porquê a grande campeã do evento internacional. Para os coordenadores, “o Brasil é o grande vencedor, pois esta conquista celebra a força e a resiliência da comunidade trans brasileira no cenário global”.
Entre os títulos, Fabiano e Mateus foram homenageados porquê Melhores Diretores Nacionais. Márcia Di Paula, além de ser eleita Miss Universe Trans 2024, também conquistou o título de Miss Timeless Beauty. Já Beatrice Bento brilhou ao receber os títulos de Miss Universe Trans das Américas 2024 e Melhor Traje de Gala.
Natividade: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Katia Marko