A lista do sindicância final da tentativa de golpe aponta para a participação de muitos militares no projecto para manter o logo presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder em 2022, mesmo depois roteiro para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O sindicância de mais de 800 páginas, fechado pela Polícia Federalista e enviado primeiro ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), agora está sob estudo da Procuradora-Universal da República, que vai sentenciar se denuncia os 37 indiciados.
Caso sejam denunciados, eles podem ser julgados e ter sentença de prisão. Apesar de muitos militares envolvidos na trama golpista, alguns membros das Forças Armadas não concordaram em adotar ou estribar atos antidemocráticos, conforme também apontou o relatório da PF. Ainda assim, eles erraram em não ter denunciado, já que tiveram conhecimento do projecto contra o Estado Democrático de Recta, e precisam ser punidos.
É o que afirma o observador político Paulo Roberto de Souza, professor da pós-graduação em Mídia, Política e Sociedade da Instalação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). O técnico conversou com o jornal Medial do Brasil sobre as revelações do relatório depois Moraes retirar o sigilo.
“Eu acho que [a recusa de altos comandantes do Exército ao golpe] dificultou, sim [que o plano fosse levado adiante]. Obviamente tem outros elementos, além dessa negativa de partes das Forças Armadas. Notadamente, alguns porque perceberam que era uma cilada. Tivemos acenos internacionais, é sabido por todos que emissários dos Estados Unidos, por exemplo, chegaram a conversar com o general Mourão, ex-vice-presidente da República, atual senador, de que, por exemplo, o governo americano não apoiaria um provável governo uma vez que consequência de um golpe”, explica.
“Mas tem um fator importante que a gente não pode deixar de levar em consideração de que se essas lideranças das Forças Armadas souberam. Não só souberam, uma vez que foram convidados para essa tentativa de golpe e eles não agiram para denunciar e vir a prender as pessoas que gostariam de reparar contra a nossa democracia. Eles também prevaricaram. Logo, em qualquer nível, também eles precisam ser responsabilizados, mesmo que de forma não tão severa uma vez que aqueles que efetivamente colocaram o processo de tentativa de golpe em operação”, continua o observador político.
Paulo ainda diz que é quase impossível os indiciados não serem denunciados e responsabilizados. “Agora com esse novo relatório parece que fica inevitável a premência de que os principais líderes dessa tentativa de golpe, dentre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, sejam devidamente julgados, com vasto à direita resguardo. Mas, com as provas que se apresentam, que venham a ser necessariamente condenados. E no caso do Bolsonaro, o ponto de partida óbvio é que ele continue inelegível e talvez tenha seus direitos políticos cassados por mais tempo do que tem até o momento”, explica.
A entrevista completa está disponível na edição desta quarta-feira (27) do Medial do Brasil, no via do Brasil de Indumentária no YouTube.
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O Medial do Brasil é uma produção do Brasil de Indumentária. O programa é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e por emissoras parceiras.
Edição: Nicolau Soares