O alerta do senador Cleitinho sobre a possibilidade de cortes que afetem o salário mínimo é pertinente e reflete a insatisfação crescente da população com as prioridades do governo Lula. Reduzir ou estagnar o salário mínimo seria um golpe direto nos trabalhadores que já sofrem com o aumento do dispêndio de vida, pressionados por inflação, tarifas de serviços básicos porquê chuva e luz, e os altos preços nos supermercados.
Essa possibilidade soa porquê uma quebreira à pundonor daqueles que sustentam o país com seu trabalho. “Hoje você pega o salário-mínimo [que é] de R$ 1.412. Uma conta de chuva para remunerar, de um trabalhador, é R$ 200, R$ 300. Uma conta de luz é a mesma coisa, quase R$ 300. Fora que o trabalhador tem que remunerar aluguel, vai ao supermercado. É contraditório. Aí eu tenho que escutar cá mudo [o governo] falar que vai reduzir o salário-mínimo?”, questionou.
O senador trouxe à tona um ponto crucial: a gestão responsável dos recursos públicos. Em vez de penalizar os trabalhadores, o governo deveria focar em trinchar gastos excessivos e desnecessários nos três Poderes.
Eventos porquê o festival “Janjapalooza” e as extravagâncias planejadas para a presidência brasileira do BRICS em 2025 são exemplos claros de despesas que não correspondem às prioridades de um país com desigualdades tão gritantes. Esses gastos exorbitantes são uma quebreira à verdade da maioria dos brasileiros.
Cleitinho também toca em um ponto sensível ao sugerir a revisão de privilégios, porquê verbas indenizatórias e cotas parlamentares, que consomem milhões do orçamento público. A contenção de despesas deveria principiar pelo topo, com a redução de benefícios excessivos destinados às elites políticas, em vez de recair sobre os mais vulneráveis. É inadmissível que, enquanto se fala em cortes no salário mínimo, o governo se dê ao luxo de destinar milhões a eventos e festivais.
O salário mínimo não é unicamente um número, mas um balizador da qualidade de vida das famílias brasileiras. Cortá-lo ou estagná-lo compromete diretamente o poder de compra da população, intensificando a pobreza e a desigualdade. No entanto, o governo parece mais preocupado em aprazer à classe política e manter sua imagem internacional do que em atender às demandas legítimas dos trabalhadores.
Aliás, o oração sobre “redução de gastos” do governo é contraditório quando se observa o aumento de verbas destinadas a setores porquê publicidade e eventos culturais milionários. Essas prioridades distorcidas revelam um governo desconectado da verdade e alheio às necessidades mais urgentes do povo.
O senador Cleitinho reflete o sentimento de indignação de milhões de brasileiros. Se o governo teimar em colocar o peso da austeridade sobre os ombros dos trabalhadores, o preço político será basta. A população não tolerará medidas que retirem ainda mais de quem já tem tão pouco.