A banha de porco vem ganhando espaço novamente na cozinha dos brasileiros sob o argumento de que seria uma opção procedente e saudável para o preparo de víveres.
Obtida a partir da gordura suína, a banha é formada quase que 40% por gordura saturada, o tipo de gordura mais prejudicial ao organização. No entanto, o resto de sua constituição contém gorduras boas – monoinsaturadas e poli-insaturadas, que colaboram para reduzir o colesterol ruim (LDL) e aumentar o colesterol bom (HDL).
A banha de porco também é uma natividade procedente de vitaminas e antioxidantes. Ela contém vitamina D, importante para a saúde óssea e o sistema imunológico, e vitamina E, antioxidante que protege as células do corpo contra danos causados pelos radicais livres.
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Óleo vegetal x banha de porco
O nutricionista Renato França, em entrevista anterior ao Metrópoles, explicou que os óleos vegetais, uma vez que os feitos com canola e soja, são ricos em gorduras insaturadas, enquanto a banha de porco, o óleo de coco e a manteiga são predominantemente compostos por gorduras saturadas.
“As gorduras saturadas, uma vez que a banha de porco, toleram maiores temperaturas sem oxidar e sem mudar a constituição química. Por isso, são uma boa opção para usar no preparo de víveres que demandam mais tempo, uma vez que bifes”, afirmou.
Segundo Renato, a vantagem da banha de porco sobre os óleos vegetais estaria em sua capacidade de não degradar. “Ao colocar os óleos vegetais em incêndio cima, secção da gordura poliinsaturada se transforma em gordura trans, o pior tipo que existe. Quanto mais tempo o manjar permanecer sob efeito dessa subida temperatura, mais ele incorpora a gordura trans”, explica o perito.
O nutricionista explica que, se o objetivo for refogar rapidamente os víveres na panela, o óleo é a melhor opção. Além de ter maior constituição de gorduras boas, o óleo de oliva quando submetido por um tempo reduzido a incêndio cima não sofre tanta modificação quanto os outros óleos vegetais.
Estabilidade e moderação
A nutricionista Aline Maldonado de Alcântara acrescenta que cada tipo de gordura tem o seu valor nutricional, vantagens e desvantagens.
“O óleo de girassol, por exemplo, é rico em vitamina E e antioxidantes, mas assim uma vez que o óleo de milho e de soja, contém ômega-6, o que pode contribuir para processos inflamatórios se consumido em excesso. Gorduras animais, uma vez que a manteiga e a banha de porco, por sua vez, se destacam pelo sabor e nutrientes específicos, mas devem ser consumidas com moderação em função do percentual de saturação, que eleva os níveis de colesterol ruim”, pondera.
Nascente/Créditos: Metrópoles
Créditos (Imagem de revestimento): Getty Images