O grupo terrorista palestino anunciou neste sábado (23) que os ataques israelenses haviam matado um refém no setentrião do país e divulgou fotos de um corpo envolvido em um lençol branco sujo de sangue. Abu Obeida, porta-voz das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, afirmou ainda que a vida de outro refém “está em risco iminente”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (24) que a morte “não pode ser verificada” no momento, que culpou os ataques israelenses pelo óbito e pelo ferimento de outro prisioneiro.
– Estamos verificando as informações, mas no momento elas não podem ser verificadas. Estamos em contato com a família e uma mensagem apropriada também foi enviada a todas as famílias. Nossos corações estão com vocês – comentou Netanyahu no início da reunião do gabinete de governo.
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Netanyahu reiterou que seu governo está comprometido “a fazer todo o provável para restituir todos os reféns”.
Leste domingo marca o primeiro natalício da única trégua acordada em mais de 13 meses de guerra: de 24 de novembro a 1º de dezembro de 2023, os combates em Gaza cessaram e 105 reféns foram libertados – 24 deles estrangeiros – em troca da libertação de 240 prisioneiros palestinos.
– Estamos trabalhando por levante objetivo sagrado o tempo todo, ontem e hoje Estamos tentando esgotar cada oportunidade, cada rombo – frisou o premiê.
Netanyahu também lembrou que qualquer pessoa que apresentar um refém de Gaza com vida receberá 5 milhões de dólares (tapume de R$ 29 milhões) e que aqueles que fornecerem informações valiosas também serão recompensados.
MENSAGEM DO HAMAS
Ao lado das imagens divulgadas no sábado pelo Hamas, uma mensagem em israelita e inglês dizia:
– Uma novidade vítima de Netanyahu e Halevi – referindo-se ao primeiro-ministro e ao superintendente do Estado-Maior israelense, tenente-general Herzi Halevi.
– O criminoso de guerra Netanyahu, seu governo e seus líderes militares têm totalidade responsabilidade pela vida de seus prisioneiros, pois insistem em intensificar seu sofrimento e ocasionar suas mortes. O inimigo deve se preparar para enfrentar o dilema do desaparecimento dos corpos de seus prisioneiros mortos, devido à devastação generalizada e ao martírio de alguns de seus captores – disse Obeida em transmitido.
As negociações para um cessar-fogo no enclave estão paralisadas desde agosto, pelo menos, com os dois lados se acusando mutuamente de não cederem na principal traço vermelha.
*Com informações da EFE
Créditos (Imagem de cobertura): Protesto pedindo libertação de reféns do Hamas Foto: EFE/EPA/MATTEO CORNER