Em entrevista à revista Veja, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repudiou com veemência as acusações de envolvimento em um suposto projecto para massacrar Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A investigação conduzida pela Polícia Federalista aponta que a alegada conspiração teria sido articulada no Palácio do Planalto, sob coordenação do general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Universal da Presidência.
Bolsonaro esclareceu que seu relacionamento com Fernandes era estritamente protocolar, ressaltando a impossibilidade de associar qualquer projecto criminoso à sua pessoa. “Lá na Presidência havia mais ou menos 3.000 pessoas naquele prédio. Se um rosto esfera um negócio qualquer, o que eu tenho a ver com isso? Discutir comigo um projecto para matar alguém, isso nunca aconteceu”, afirmou categoricamente.
Sobre as alegações de tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro reafirmou sua posição institucional. “Eu não compactuaria com qualquer projecto para dar um golpe.
Quando falavam comigo, era sempre para usar o estado de sítio, um tanto constitucional, que dependeria do aval do Congresso”, explicou, reforçando seu compromisso com a legitimidade.
A entrevista evidencia a tentativa de se erigir uma narrativa absurda, sem provas concretas, para desgastar a imagem do ex-presidente. Mais uma vez, fica simples o esforço orquestrado por setores alinhados ao atual governo para imputar crimes a Bolsonaro com base em teorias infundadas.
O cerco judicial contra o ex-presidente é segmento de uma estratégia maior, que procura criminalizar não unicamente Bolsonaro, mas também sua base de esteio, criando uma falsa sensação de ameaças à democracia.
Trata-se de uma prática alarmante, que fragiliza a crédito nas instituições e expõe o uso político do sistema de justiça.
É inegável que o “sistema” está hipotecado em forçar qualquer narrativa para entender seu objetivo final: neutralizar politicamente Bolsonaro, impedindo-o de disputar futuras eleições e consolidando um cenário de preponderância da esquerda no Brasil.