BRASÍLIA – O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou neste sábado (23) as prisões feitas pela polícia Federalista de um general da suplente, três militares e um policial federalista suspeitos de tramar um projecto de golpe de Estado e de morte do logo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Alexandre de Moraes.
De pacto com as investigações policiais, a trama teria sido planejada na tentativa de anular o resultado das eleições de outubro daquele ano e manter Bolsonaro no poder, com o pedestal de militares.
Ao participar de uma transmissão ao vivo nas redes sociais do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, o ex-presidente ironizou as revelações da PF e disse não possuir respaldo legítimo para a decretação das prisões, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
“É uma coisa absurda essa história de golpe. É absurda. Dar golpe com um general da suplente e quatro oficiais superiores, pelo paixão de Deus. Quem estava condenando isso? Cadê a tropa? Cadê as forças armadas? Poxa, pelo paixão de Deus, não fique botando o chifre em cabeça de cavalo”, disse, querendo se referir aos quatro militares e ao policial federalista enquanto cortava o cabelo em uma barbearia em São Miguel dos Milagres (AL), onde passa férias.
“Eles estão sendo presos injustamente agora, de forma preventiva, não encontra um só, respaldo na lei que faz a preventiva, prender esses quatro oficiais”, continou. “É uma piada essa PF criativa do Alexandre Moraes”, concluiu, referindo-se à corporação policial que é subordinada ao governo federalista e não ao STF.
Bolsonaro levanta suspeita sobre morte de predecessor de Moraes no STF
Jair Bolsonaro levantou suspeitas sobre a desculpa da morte de seu predecessor no STF, Teori Zavascki. O magistrado morreu em 19 de janeiro de 2017, aos 68 anos, em um acidente de avião que caiu no mar, próximo a Paraty (RJ). O ministro ia para a moradia de praia de seu camarada Carlos Alberto Filgueiras, empresário, 69 anos, que também morreu no acidente. Moraes, que era ministro da Justiça do governo Michel Temer (MDB) foi nomeado pelo logo presidente para ocupar a vaga oportunidade na Incisão.
Ao falar sobre a vitória de Donald Trump porquê presidente dos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que o político norte-americano preserva valores defendidos pela direita porquê a liberdade de frase, que estaria sendo sacrificada por Moraes no Brasil.
“No Brasil estamos perdendo a liberdade de frase. A ditadura que se faz presente cá não é do director do Executivo, não. Nem do Legislativo. É uma pessoa que está no Judiciário que tem causado muito mal a nós”, disse.
Sem identificar a origem da informação nem apresentar provas, o ex-presidente levantou a suspeita de que o acidente alheado que matou Teori possa ter sido fruto de uma sabotagem.
“Vi hoje de manhã, inclusive, uma postagem, não sei quem foi, falando sobre o Teori Zavascki, que.. foi um acidente ou sabotagem? Mas ele morreu. Se ele não tivesse morrido, o Brasil hoje, pode ter certeza, estaria numa normalidade, não nesse clima belicoso que se encontra. Não teríamos esses presos em Brasília. Dezessete anos de cadeira, que pusilanimidade!”, afirmou, referindo-se aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. “Que país é esse?”.