O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) acusou o governo de promover uma “gastança desenfreada” nos meses anteriores e agora adotar uma política de namoro de gastos de forma “disfarçada”, segundo ele conduzida sem transparência, “em reuniões noturnas” secretas.
Mourão se manifestou contra a anunciada inclusão das Forças Armadas no esforço fiscal do governo. Para ele, as discussões em torno dos cortes ocorrem sem a participação de setores diretamente afetados, além de carregar, segundo ele, “um sentimento de revanche”.
Hamilton Mourão disse que está sendo disposto “um novo peso” sobre os militares no esforço fiscal. Segundo o senador, que é general da suplente, o governo pretende incluir membros das Forças Armadas da ativa, veteranos e pensionistas em ajustes financeiros, um tanto que classifica porquê injusto, já que “os militares não são responsáveis pelo déficit fiscal do país”.
“Preciso primar que os militares têm, sim, que receber seu soldo integral até a morte, pois ficam à disposição do Brasil até atingirem a idade limite para a reforma, e nenhum governo tem zero a ver com nossos pensionistas. Desde priscas eras, nós criamos o nosso próprio fundo de pensão, que hoje é gerido pelo governo, que pega esse quantia e investe porquê?
Nossas pensões não fazem segmento do Orçamento. Se o governo administra mal o fundo, o problema não é nosso. Não precisamos ter vergonha de zero. Temos, sim, regras especiais para a inatividade e defenderemos sempre a integralidade e a paridade”, declarou.
O senador defendeu cortes em outros setores da governo pública.
“A gastança […] vem sendo feita com ONGs, Lei Rouanet, viagens, propaganda, despesas com o Judiciário, R$ 1,5 bilhão em vacina que foi jogada no lixo, ou seja, um verdadeiro sumidouro dos recursos do tesouro público.
E sempre lembrando que governo não produz quantia. Governo toma quantia de cada um de nós por meio dos impostos. E isso tem contribuído para o aumento galopante do déficit fiscal do país, o aumento dos juros e da inflação”, afirmou.