O vereador Miguel Zahdi Neto (PSD), divulgado porquê Neto Fadel, foi impedido por suspeita de ter matado a tiros o empresário Guilherme de Quadros Becker, seu vizinho em um condomínio de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
Tudo teria começado por uma discussão por conta de um estrondo causado por crianças andando de quadriciclo nas vias do condomínio, na tarde desta quarta-feira (20), conforme informações preliminares da Polícia Social do Paraná (PCPR).
– Em razão desse incômodo, a vítima, que parecia estar embriagada, teria efetuado disparos de arma de incêndio ainda de dentro de sua propriedade, ao que tudo indica, visando intimidar as pessoas que estavam na propriedade do investigado [Neto] – disse o solicitador Luiz Timossi, responsável pelo caso.
Publicidade
– Quando a conversa já estava terminando e as pessoas estavam voltando para a morada do investigado, a vítima, Guilherme, teria ido em direção dessas pessoas, inclusive, foi relatado que a mãe dele que tentou contê-lo, que ele sacou duas armas de incêndio, uma revólver de calibre 380 e também um revólver de calibre 38, efetuando disparos em direção a esta família – explicou o solicitador.
O vereador teria atirado de volta na direção do imóvel vizinho, atingindo o empresário. A família do parlamentar, segundo o solicitador, socorreu a vítima, que não resistiu aos ferimentos.
Becker tinha registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Já Neto possui porte de arma, e seu legisperito afirma que a arma estava devidamente registrada. A resguardo também alega que o vereador agiu em resguardo. Neto Fadel foi ouvido pela Polícia Social e liberado.
– Importante mencionar que a arma utilizada para resguardo estava devidamente registrada e com porte. Posteriormente o prova, diante da evidente ação em legítima resguardo, Miguel foi liberado. Miguel colaborou com toda a investigação e segue à disposição para todos os esclarecimentos que se tornem necessários. Por termo, Miguel lamenta a morte de Guilherme. No entanto, infelizmente, precisou agir em legítima resguardo para salvar sua vida, de seus familiares, amigos e crianças – afirma o legisperito Ewerton Machado Rosa.
A resguardo da família da vítima disse “a verdade será revelada”.
– A família lamenta profundamente que a poder policial não tenha mantido a prisão em flagrante ao menos até colher declarações e depoimentos sobre o outro lado da história, aguardando o laudo de necropsia – que ainda não saiu – deixando que a poder judicial, ouvido o Ministério Público, decidisse sobre a soltura – declarou o legisperito Jairo Baluta ao G1.
Outras sete testemunhas também foram ouvidas. Agora a polícia aguarda o resultado dos trabalhos periciais.
– A investigação procura compreender se esses disparos foram ou não realizados em direção às crianças e às pessoas que estavam na outra propriedade – disse o solicitador Luis Timossi.
Neto Fadel é presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Castro, cidade a 48 quilômetros de Ponta Grossa.
Créditos (Imagem de capote): Foto: Reprodução//Câmara Municipal de Castro (PR)
