PF indicia Bolsonaro e mais 36

A Polícia Federalista (PF) formalizou nesta quinta-feira (21) o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais de 36 ex-membros de seu governo, apontando envolvimento em crimes porquê cessação violenta do Estado de Recta, tentativa de golpe de Estado e participação em organização criminosa.

A investigação faz segmento de um interrogatório que apura uma suposta tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder depois sua rota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022. Desde o ano pretérito, a PF vem examinando indícios de articulações nesse sentido, que teriam ocorrido entre 2022 e 2023.

Entre os indiciados estão Walter Braga Netto, general da suplente e candidato a vice na placa de Bolsonaro em 2022, além de ex-ministro da Moradia Social e da Resguardo; o general Augusto Heleno, que ocupou o função de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Alexandre Ramagem, policial federalista e ex-diretor da Escritório Brasileira de Lucidez (Abin); e Valdemar da Costa Neto, atual presidente vernáculo do Partido Liberal (PL).

O relatório final do interrogatório, com mais de 800 páginas, foi concluído nesta tarde e será guiado ao Supremo Tribunal Federalista (STF). Agora, a Procuradoria-Universal da República (PGR) decidirá se apresentará denúncia contra os investigados. Caso a denúncia seja aceita pelo STF, eles passarão à exigência de réus e enfrentarão julgamento na Golpe.

Os crimes mencionados pela PF preveem as seguintes penas: tentativa de golpe de Estado, entre 4 e 12 anos de prisão; cessação violenta do Estado democrático de Recta, de 4 a 8 anos; e participação em organização criminosa, com penas variando de 3 a 8 anos de prisão.