Agricultores franceses protestam nesta quarta-feira (20) pelo 3º dia continuado contra o consonância mercantil entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, conjunto formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Um dos receios dos produtores é de que o tratado torne os produtos agrícolas sul-americanos mais baratos no território, reduzindo a competitividade das mercadorias europeias.
As manifestações ocorrem em meio à passagem de autoridades da UE pelo Rio de Janeiro, para o encontro do G20, que aconteceu nos dias 18 e 19 de novembro. O consonância, negociado há mais de 20 anos, é bem pelos governos da Espanha e Alemanha, mas sofre oposição do presidente da França, Emmanuel Macron.
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Para reivindicar contra o tratado, agricultores franceses bloquearam estradas, jogaram estrume (dejetos animais) em frente a prédios de prefeituras francesas e chegaram esvaziar tanques de vinho que vinham da Espanha, país que lidera as negociações com o Mercosul .
Se autenticado, o tratado vai facilitar a ingressão, na Europa, de mercadorias uma vez que músculos bovina, frango, açúcar, milho e soja, produtos que o Brasil lidera na exportação.
No início do ano, produtores europeus da França, Alemanha, Itália, Bélgica, Polônia, Romênia e Lituânia já haviam saído às ruas para reivindicar contra as importações de produtos mais baratos e aumento dos custos agrícolas.
Manifestações
Os protestos começaram na segunda-feira (18), dia do início do encontro do G20, que reúne os líderes das 19 principais economias do mundo, além da União Europeia e União Africana.
As manifestações foram convocadas pela Coordenação Rústico (CR), um dos maiores sindicatos agrícolas franceses.
Na terça-feira (19), os agricultores bloquearam o pedágio de Le Boulou, na rodovia francesa A9, com pneus e tratores, informou a sucursal de notícias Reuters. O objetivo dos manifestantes era impedir a passagem de caminhões vindos da Espanha.
Segundo o jornal espanhol “La Voz de Galicia”, os agricultores começaram a controlar a passagem de caminhões em procura de quem transportava cargas de músculos ou de vinho. Os manifestantes, porém, deixaram uma tira para a circulação de automóveis.
“Vamos bloquear a A9, assim uma vez que depósitos de combustível, portos e centros de compras. Queremos ocasionar o caos e a escassez de vitualhas”, disse Serge Bousquet-Cassagne, um dos líderes do protesto, segundo a France Presse.
“Somos contra o Mercosul (consonância mercantil UE-Mercosul) porque isso seria a morte da nossa cultura francesa, porque não podemos competir de forma justa, já que essas pessoas não respeitam as mesmas leis ambientais que nós. É inadmissível”, disse o produtor de grãos Benjamin Bejada, à Reuters.
No início do ano, a UE aprovou uma flexibilização de regras ambientais depois manifestações de agricultores.
Ao invés, por exemplo, de deixarem 4% das suas terras em pousio (sem uso agrícola ou pecuário) para conseguir benefícios fiscais, os agricultores podem agora satisfazer os requisitos de licença reservando terras aráveis para o cultivo de culturas fixadoras de nitrogênio, uma vez que lentilhas, favas, etc.
Nascente/Créditos: G1
Créditos (Imagem de envoltório): Reprodução