Em meio à visitante de Estado do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, nesta quarta-feira (20), os governos dos dois países assinaram 37 novos acordos bilaterais.
Em relação à Novidade Rota da Seda, foi firmado um protocolo sobre “sinergias”, mas o Brasil não aderiu plenamente à iniciativa chinesa. A China é o principal parceiro mercantil do Brasil, mas, segundo reportagem de O Gloibo, o Itamaraty entende que ‘não há benefícios’ em aderir ‘integralmente’ à Novidade Rota da Seda.
O líder chinês foi recebido com honras militares por Luiz Inácio Lula da Silva e Janja da Silva, no Palácio da Alvorada, residência solene. Eles se reuniram a portas fechadas com a participação de diversos ministros de cada lado.
Ao final da reunião, ambos deram enunciação à prelo, sem espaço para perguntas, e seguiram para um almoço no sítio. Segundo a Presidência da República, os atos assinados abrangem as áreas de lavra, negócio, investimentos, infraestrutura, indústria, vigor, mineração, finanças, ciência e tecnologia, comunicações, desenvolvimentos sustentável, turismo, esportes, saúde, instrução e cultura.
“Apesar de distantes na geografia, há meio século China e Brasil cultivam uma amizade estratégica, baseada em interesses compartilhados e visões de mundo próximas. A China é o maior parceiro mercantil do Brasil desde 2009. Em 2023, o negócio bilateral atingiu recorde histórico de US$ 157 bilhões. O superávit com a China é responsável por mais da metade do saldo mercantil global brasílio”, destacou Lula em seu oração na cerimônia.
“O país também figura porquê uma das principais origens de investimentos no Brasil. Empresas chinesas vêm participando de licitações de projetos de infraestrutura e têm sido parceiras em empreendimentos porquê a construção de usinas hidrelétricas e ferrovias. Isso representa ofício, renda e sustentabilidade para o Brasil. Indústrias brasileiras também estão ampliando sua presença na China, porquê a WEG, a Suzano e a Randon. Ao mesmo tempo, o agronegócio continua a prometer a segurança fomentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de mantimentos para a China”, acrescentou o presidente.
A agenda de Xi Jinping em Brasília ocorre na sequência da participação dele na Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro e que foi encerrada na última terça-feira (19).
“Vamos aprofundar a cooperação em áreas prioritárias porquê economia, negócio, finanças, ciência e tecnologia, infraestrutura e proteção ambiental. E substanciar a cooperação em áreas emergentes porquê transição energética, economia do dedo, perceptibilidade sintético e mineração virente”, afirmou o presidente chinês, também em enunciação à prelo.
No termo da tarde, um jantar será servido ao chinês no Palácio Itamaraty, sede da diplomacia brasileira. Xi Jinping deve deixar o Brasil na manhã desta quinta-feira (21). A visitante, segundo o governo brasílio, é uma sequência da visitante que Lula fez à China em abril de 2023 e também ocorre em celebração aos 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países.
Rota da Seda
A Novidade Rota da Seda, oficialmente chamada de Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI, na {sigla} em inglês), é um dos maiores projetos de infraestrutura e negócio do século XXI. Lançada pela China em 2013, a iniciativa visa recriar as antigas rotas comerciais entre o Oriente e o Poente, conectando mais de 140 países por meio de rodovias, ferrovias, portos e rotas marítimas.
A proposta é ambiciosa: integrar mercados e aumentar a conectividade global, reduzindo custos e fortalecendo laços econômicos entre Ásia, Europa, África e América Latina. Até agora, mais de um trilhão de dólares já foram investidos em projetos porquê ferrovias no Quênia, portos no Paquistão e zonas industriais na Europa Oriental.
Apesar do impacto econômico positivo em muitas regiões, a Novidade Rota da Seda também enfrenta críticas. Alguns países apontam para a submissão econômica que pode ser criada com os empréstimos chineses.
Para a China, o BRI não é exclusivamente uma estratégia econômica, mas também uma instrumento de soft power. Ao estribar países em desenvolvimento, Pequim procura solidar sua influência global e penetrar novos mercados para suas indústrias. Veja fotos do encontro bilateral de hoje.