O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta segunda-feira (29), que a Polícia Federal (PF) inicie uma investigação contra o prefeito de Farroupilha (RS), Fabiano Feltrin (PL). A medida visa apurar se houve incitação ao crime após Feltrin sugerir colocar o ministro na guilhotina. O incidente ocorreu durante a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao município, na última quinta-feira (25).
Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais do prefeito, Feltrin fez uma brincadeira controversa ao dizer: “A homenagem a ele (Moraes) eu vou mostrar. É só colocar ele aqui na guilhotina”. Esse comentário gerou uma reação rápida da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acionou o STF.
O inquérito, inicialmente mantido sob sigilo, teve sua confidencialidade derrubada pela decisão de Moraes. O ministro ordenou que a Polícia Federal apresente um relatório sobre a investigação dentro de dois meses.
“Acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e determino o encaminhamento dos autos à Polícia Federal, para adoção das providências cabíveis, apresentando relatório a esta Suprema Corte, no prazo de 60 (sessenta) dias”, afirmou Moraes.
A ação destaca a sensibilidade do atual clima político no Brasil, onde declarações e gestos podem ter consequências legais sérias. A decisão de Alexandre de Moraes é um lembrete da vigilância constante sobre declarações públicas que possam ser interpretadas como incitação à violência, especialmente contra membros do judiciário.
O caso também reflete a tensão contínua entre apoiadores de Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal, com acusações de perseguição política e abuso de poder frequentemente citadas por ambos os lados. O resultado desta investigação poderá ter implicações significativas para o prefeito Feltrin e para o relacionamento entre os poderes executivo e judiciário no Brasil. Assista ao vídeo abaixo
Discussion about this post