Começa nesta segunda-feira (18/11) a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, com a participação de dezenas de chefes de Estado. Ao longo de dois dias, o grupo vai discutir os temas prioritários da presidência brasileira e, ao final, deve entregar enunciação com os principais pontos acordados.
As autoridades tentam encontrar consenso em relação a temas uma vez que a taxação dos super-ricos, o combate à penúria e à pobreza, o financiamento de ações para mitigar efeitos das mudanças climáticas e a reforma das instituições internacionais.
Durante o período no comando do G20, o Brasil pautou a proposta de tributar em 2% as fortunas dos bilionários. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende que o montante seja talhado para o combate às desigualdades em países que mais necessitam.
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O debate sobre a questão, no entanto, tem sofrido resistência do governo prateado, chefiado pelo presidente Javier Milei, que é contra a proposta. O titular da Vivenda Rosada desembarcou no Rio de Janeiro nesse domingo (17/11).
Outra prioridade brasileira é o combate à penúria. Nesta segunda-feira, na franqueza da cúpula, ocorrerá o lançamento solene da Confederação Global contra a Miséria e a Pobreza, iniciativa que visa ampliar políticas de transferência de renda para populações vulneráveis. A meta é conseguir 500 milhões de pessoas até 2030.
Além do Brasil, já anunciaram que endossarão o projeto: Alemanha, Noruega, Paraguai, Bangladesh, União Europeia e União Africana. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também confirmou escora à proposta.
No sábado (16/11), Lula defendeu que a penúria seja tratada uma vez que “questão política”. “A penúria não é uma questão da natureza. A penúria não é uma questão alheia ao ser humano. A penúria hoje é tratada uma vez que se não existisse por conta da irresponsabilidade de todos nós, governantes do planeta Terreno. E é por isso que nós estamos tratando a penúria uma vez que uma questão política”, disse o presidente em oração.
Até esse domingo, 81 países aderiram ao programa, aumentando, em muito o número que nações que haviam se juntado à iniciativa até a sexta-feira (15/11). Mais países são bem-vindos à Confederação: o Brasil espera que o número final se aproxime de 100.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou um aporte ao projeto de US$ 25 bilhões, muro de R$ 146 bilhões , para projetos na América Latina e no Caribe. Ao todo, nove instituições financeiras aderiram à associação.
Reforma da ONU
Também está na taxa dos líderes do G20 a reforma das instituições de governança global – entre elas, o Juízo de Segurança da ONU. O grupo, criado em seguida a Segunda Guerra Mundial, é mira de críticas pela falta de representação. Atualmente, o comitê é formado por cinco membros permanentes com poder de veto: China, França, Rússia, Reino Uno e Estados Unidos.
A regra tem impedido, por exemplo, a adoção de medidas mais enérgicas para o conflito entre Rússia e Ucrânia e a ação de Israel na Tira de Gaza.
Natividade/Créditos: Metrópoles
Créditos (Imagem de cobertura): Ricardo Stuckert/PR