O ditador Nicolás Maduro foi reeleito neste domingo (28) para mais um mandato de seis anos no comando do governo da Venezuela, segundo declaração oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). No início dessa madrugada, a autoridade eleitoral do país informou que Maduro teve 51,20% dos votos e que o oposicionista Edmundo González Urrutia obteve 44,2%.
O resultado foi anunciado quando, segundo CNE, havia 80% dos votos contabilizados.
Integrantes da oposição convocaram os eleitores para fiscalizar de perto a contagem de votos em cada centro de votação, exigindo a ata com os números de cada local, que é um documento com os resultados parciais. No entanto, durante a votação a oposição denunciou que parte dos centros de votação não estavam aceitando repassar esse documento, usado na contagem paralela.
“Por que não queriam transmitir e nem queriam imprimir as atas?”, questionou Corina. Ela disse que essa situação aconteceu em centenas de mesas de votação. Ainda de acordo com a líder de oposição, as atas de mais de 40% dos centros de votação já foram coletadas pela PUD, indicando a certa vitória de González em todos os estados. A legislação proíbe que ela divulgue esses resultados parciais.
Nesta segunda-feira, Estados Unidos, Argentina, Chile, Peru, Guatemala e Costa Rica emitiram comunicados oficiais rejeitando o resultado e pedindo transparência na apuração.
Em Tóquio, no Japão, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou sua “séria preocupação” com a validade dos resultados anunciados pelo CNE, que declarou Nicolás Maduro o vencedor. Blinken questionou a legitimidade do processo e a representação da “vontade” dos eleitores.
Já o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, pediu que a vontade democrática da Venezuela seja respeitada com “a apresentação das atas de todas as seções eleitorais para garantir resultados totalmente verificáveis”.
“É importante que todos possam ter acesso tabela por tabela a todos os dados. E espere para ter garantias mínimas. O que conhecemos são dados globais”, comentou. “Ao longo do dia”, confidenciou, “esperamos ter informações mais claras e democráticas”.
“A Espanha está trabalhando”, insistiu, “para um cenário em que a calma, a tranquilidade e o senso democrático que prevaleceram ontem durante o dia das eleições sejam mantidos. É por isso que a Espanha vai trabalhar e é por isso que estamos conversando com nossos países irmãos da região e com o Alto Representante (da UE para os Negócios Estrangeiros). É isso que nos guia e o que nos guiará”, enfatizou.
Direita Online
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