Durante a audiência pública realizada na última terça-feira (12/11), o secretário de Assistência Social do Rio de Janeiro, Adilson Pires, admitiu que a Prefeitura do Rio não conseguirá executar a meta de geração de 600 novas vagas de guarida institucional para mendigos, prevista no Projecto Plurianual (PPA) para 2024. Segundo Pires, somente 250 vagas devem ser disponibilizadas, devido a atrasos em parcerias com o governo estadual. As informações são do Tempo Real RJ.
“O estado não concluiu a obra a tempo”, justificou o secretário, referindo-se à reforma incompleta do Hotel Popular, localizado próximo à Mediano do Brasil. O espaço seria um dos principais pontos para a ampliação das vagas, mas o impasse na gestão estadual impediu sua reativação.
Propagação da população de rua
A audiência ocorreu em um momento crítico para a cidade. Segundo o Recenseamento 2022, o Rio de Janeiro possui 7.865 pessoas vivendo nas ruas, número que cresce a cada ano. O detido na geração de vagas de guarida agrava a crise social, principalmente em regiões de maior vulnerabilidade.
A realização do debate logo em seguida as eleições municipais poupou o prefeito reeleito Eduardo Paes (PSD) de críticas mais intensas durante a campanha.
Redução no orçamento do Cartão Família Carioca
Outro tema abordado foi o Cartão Família Carioca, principal programa de transferência de renda da prefeitura. O orçamento para 2025 prevê uma redução de R$ 8 milhões para o programa, mas o secretário garantiu que a meta de atender 54 milénio famílias será mantida.
“Já beneficiamos 53.961 famílias, e o compromisso não é somente numérico. Queremos que cada uma delas tenha segurança cevar no próximo ano”, afirmou Pires. Ele explicou que a transmigração para o sistema Caixa Tem reduzirá custos administrativos, permitindo trinchar gastos burocráticos sem comprometer o pedestal direto à população.
Orçamento apertado e desafios para 2025
Com um orçamento totalidade de R$ 499,4 milhões, a Secretaria de Assistência Social terá somente R$ 9,5 milhões destinados a investimentos no próximo ano. As principais ações estão voltadas para o combate à rafa e à pobreza, mas a limitação de recursos e o crescente número de mendigos colocam desafios significativos para a gestão.
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