O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MBD) planeja adotar convênios com a iniciativa privada para a gestão de Emeis (Escolas Municipais de Instrução Infantil), Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental) e Emefms (Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Médio).
O protótipo a ser adotado é o mesmo do Liceu Coração de Jesus, escola criado em 1885 por padres salesianos e que fica na região do meio da cidade popularmente conhecida uma vez que Cracolândia. Em 2022, a direção do escola anunciou que ele seria fechado, portanto a prefeitura sugeriu transformar o lugar em uma escola municipal gerida pela instituição católica.
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Segundo Nunes, a escola teve desempenho supra da média na Prova SP, que avalia o estágio dos estudantes da rede municipal. Enquanto a média em língua portuguesa para alunos do 2º ano é 142,3, os estudantes do Liceu pontuaram 152. Isso teria motivado Nunes a planejar expandir os convênios.
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E entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada nesta sexta-feira (15), Nunes deu detalhes sobre uma vez que será a parceria com a iniciativa privada: “Os professores e funcionários serão deles [conveniados]. Mas trabalharão com a nossa grade curricular, com nosso teor, nossa diretriz pedagógica”. Ele também afirmou que “Temos escolas que estão trabalhando com um noção ideológico enorme e o Ideb [Índice de Desenvolvimento de Educação Básica] é lá embaixo”, mas não há explicação sobre o que seria esse “noção ideológico”.
Nunes disse ainda que não pretende entregar a gestão de todas as escolas municipais para a iniciativa privada, porque não haveria condições de fazer isso.
Seguindo os passos de Tarcísio?
O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi potente apoiador da campanha de Nunes à reeleição, tem apostado na gestão privada de escolas da rede pública estadual. Entre o termo de outubro e o início de novembro, o governo fez dois leilões para a licença de 33 escolas. As duas empresas vencedoras ficarão responsáveis pela construção das unidades e serviços uma vez que manutenção, limpeza, vigilância, sustento e pedestal aos alunos que não conseguem acessar com autonomia as instalações escolares.
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Durante o leilão realizado em 4 de novembro, professores e estudantes realizaram um protesto na frente da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. A sintoma foi duramente reprimida pela polícia.
Edição: Raquel Setz