O Supremo Tribunal Federalista (STF) tem, neste sábado (16), placar de 5 votos a 1 para negar os dois pedidos de liberdade feitos pela resguardo do ex-jogador Robinho, sentenciado a nove anos de prisão por estupro coletivo na Itália. Por enquanto, o ministro Gilmar Mendes foi o único a votar pela liberdade do ex-atacante do Santos e da Seleção Brasileira.
O julgamento dos habeas corpus foi retomado nesta sexta-feira (15), depois ser interrompido por um pedido de vista (quando um magistrado suspende o julgamento para indagar melhor o caso) do decano da Golpe, em setembro. Até o momento, votaram pela manutenção da prisão de Robinho os ministros Luiz Fux, relator do caso, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo.
Os outros cinco ministros restantes têm até as 22h59 do dia 26 de novembro para depositar os seus votos. Caso mais um magistrado vote para negar os pedidos da resguardo, o plenário formará maioria, já que é formado por 11 ministros.
A resguardo contesta, nos argumentos dos pedidos de habeas corpus, a prisão de Robinho no Brasil, defendendo que cabia recurso da decisão ao STF, e apontando suposta violação da Lei de Transmigração, por desculpa da transferência da sentença definida pela Justiça italiana. Em março deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou que o ex-jogador deveria satisfazer, no Brasil, a pena que recebeu, na Itália, de nove anos de prisão por estupro coletivo e decidiu, pelo placar de 9 a 2, pela homologação da sentença.
Jogador cumpre pena no Brasil
Robson de Souza, o Robinho, passou a satisfazer a pena homologada pelo STJ em 21 de março. Atualmente, o ex-atacante está recluso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interno de São Paulo, conhecida porquê “presídio dos famosos”.
Quando o ex-jogador atuava pelo Milan, time italiano, ele e outros cinco amigos estupraram uma mulher na boate Sio Moca, em Milão, em janeiro de 2013. A pena em primeira instância ocorreu em 2017, pelo Tribunal de Milão. Na quadra, o ex-atacante jogava pelo Atlético-MG e, portanto, não estava na Itália.
O julgamento que culminou na pena em terceira e última instância se deu em 2022, definindo pena de nove anos de prisão. Ricardo Falco, companheiro do ex-atleta, também recebeu a mesma sentença. Os outro quatro amigos deixaram a Itália durante as investigações e não foram processados até hoje.
De início, o governo italiano pediu extradição de Robinho. Porquê a Constituição Federalista não permite essa medida para brasileiros natos, o país europeu solicitou portanto a homologação da pena – ou seja, que o sentenciado seja recluso no Brasil.